São Paulo, quinta-feira, 01 de junho de 2000
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Clínico-geral

"Parei de fumar há 8 meses porque me assustei. Já estava pensando nos males do cigarro, estava com 57 anos -fumava desde os 17- e tinha um histórico familiar de problemas cardíacos. Estava no início de uma gripe, fui ao teatro e fiquei tossindo durante a apresentação. Resolvi parar por dois ou três dias até melhorar. Consegui e resolvi estender o prazo para uma semana.
Parar de fumar foi uma decisão de momento. Já tinha tentado há um tempo atrás e fiquei um ano sem fumar. Quando a pessoa pára, não pode brincar de fumar de novo em hipótese alguma.
Hoje estou conscientizado. O primeiro mês foi o mais difícil. Sonhava todas as noites que estava fumando e acordava com vontade de fumar. Engordei um pouco, mas passei a respirar melhor, a sentir o sabor da comida. As pessoas podem fumar do meu lado que eu não me incomodo. Não mando fumarem longe de mim, só me afasto.
É possível parar de fumar, não tem mágica. A vontade tem que ser maior do que os sintomas da abstinência. Quando sinto vontade de acender um cigarro, tomo água. Mas não dá para substituir por bala ou chiclete.
Fumava quase dois maços por dia. Era um absurdo. Nem pensava em parar. De vez em quando alguém vinha me repreender. Mas eu tinha decidido não ouvir o que me diziam. Ficava inventando motivos que justificassem o cigarro. Achava que não ia me afetar. Porque os efeitos maléficos do cigarro ainda não era sentidos." João Carlos Salvestrin, 57, ex-tabagista


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