Por volta dos 25 anos, homens e mulheres estão no auge da forma física. A explosão hormonal da adolescência vira calmaria, e o metabolismo do corpo está afiado como motor de carro novo.
Com esses pré-requisitos, ficar com o corpo em forma -barriga durinha, pernas e braços definidos- só depende da disposição para passar algumas horas por semana suando na academia.
Conforme a idade avança, entretanto, fica cada vez mais difícil manter os músculos no lugar. O fim de semana gastronômico vira barriga saliente na segunda-feira, e é preciso fazer um esforço hercúleo para voltar à antiga forma. As mulheres sofrem mais com o acúmulo de gordurinhas nas pernas, nos braços e nos quadris.
Ao contrário do que pensa a maioria, corpo flácido e sem músculos não é uma sina a que todos estão condenados com a idade. Mesmo quem já passou dos 35 e nunca foi fanático por academia pode ter um corpo invejável desde que receba orientação certa para fazer exercícios apropriados para a idade.
A Folha conversou com professores de educação física e malhadores bem-sucedidos com mais de 40 anos para saber qual a "fórmula mágica". Embora as mudanças no funcionamento do organismo sejam inevitáveis, há como contrabalancear a queda no metabolismo e a perda de massa muscular -principais inimigos do corpo pós-40- com dieta, exercícios aeróbicos e musculação.
Para as mulheres, a dificuldade começa mais cedo, por volta dos 32 anos. "A partir dessa idade, o metabolismo cai 1% ao ano, e a mulher não pode ficar sedentária de jeito nenhum. O ideal é investir em exercícios aeróbicos e dieta", diz o personal trainer Isaías Rodrigues.
Os cuidados devem ser intensificados após os 45 anos, com a chegada da menopausa. A perda de massa muscular atinge as mulheres nessa idade e os homens, um pouco mais tarde. O ideal é dar prioridade aos exercícios de musculação. "Muita gente acha que caminhadas são suficientes para manter a forma depois dos 40. Mas é justo nessa época que é preciso dar ênfase à musculação. O ideal é fazer 70% de exercícios musculares e 30% de aeróbicos", diz Isaías. As mulheres também precisam se preocupar com a perda óssea. "Aos 60 anos, 70% têm osteoporose. Os exercícios físicos retardam o processo e evitam os sinais de derrocada", diz Isaías.


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