São Paulo, quinta-feira, 01 de julho de 2004
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Tratamento da síndrome do pânico
"Em casos de síndrome do pânico, alguns médicos aconselham a manutenção de uma baixa dose de antidepressivo mesmo após a cura, e outros aconselham interromper o uso de antidepressivos mais ou menos um ano após a cura. Qual a melhor opção?"
M. M. T., São Paulo, SP

"Dados recentes indicam que o transtorno de pânico é uma condição crônica, talvez vitalícia, que pode reincidir com a interrupção do tratamento", explica o psiquiatra Onofre João Rais, da Beneficência Portuguesa (SP). Por isso não se pode dizer que há cura para o problema; o paciente deve ser acompanhado continuamente. "Em geral, o tratamento farmacológico deve ser mantido por oito a 12 meses; alguns estudos sugerem a manutenção por 12 a 24 meses", afirma Rais. Segundo o especialista, é necessário definir uma estratégica terapêutica específica para cada paciente, que leve em conta fatores como gravidade das crises, persistência de sintomas mesmo durante o uso de medicação e resposta a tratamentos anteriores.

Ferida no prepúcio
"Há alguns meses, apareceu uma ferida no meu prepúcio. Formou-se uma casquinha que, depois, sumiu. Depois de algum tempo, apareceu uma nova ferida, então sem casquinha. Agora apareceu outra no mesmo lugar. Será que pode ser sífilis? Que especialista devo procurar?"
C. R., São Paulo, SP

É improvável que essas feridas sejam causadas por sífilis. "A lesão sifilítica inicial, também chamada de cancro duro, tende a ser única, ulcerada, com bordas elevadas e fundo granuloso, e só reaparece em casos de reinfecção", afirma o urologista José Travassos, do Hospital Santa Rita (SP). Entre as possíveis causas desse tipo de ferida estão herpes, alergia e micoses como a candidíase. O urologista é o especialista mais indicado para esses casos.

Mancha após cirurgia
"Em janeiro de 2003, submeti-me a uma mamoplastia e, no dia seguinte, apareceu uma mancha vermelha, folicular e descamativa na maçã do meu rosto, deixando a pele dessa região mais grossa, como se fosse um alto-relevo. Consultei cinco dermatologistas. Um exame micológico detectou a presença do fungo Malassezia furfur. Usei várias medicações sem sucesso."
Mariana Duarte Monteiro, João Pessoa, PB

Uma reação alérgica chamada eritema fixo, provocada por algum medicamento prescrito na época, é a única possibilidade de a lesão no rosto estar relacionada à mamoplastia, segundo o dermatologista Murilo Drummond, do Instituto de Pós-Graduação Carlos Chagas (RJ). "A pitiríase versicolor, micose causada pela Malassezia furfur, precisa ser considerada, mas esse fungo pode não ser a causa do problema." Segundo Drummond, uma opção para o diagnóstico é uma biópsia que forneça material para um exame histopatológico.


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