São Paulo, quinta-feira, 02 de janeiro de 2003
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poucas e boas

Remédios combatem as aftas repetitivas

VINICIUS CARRASCO - FREE-LANCE PARA A FOLHA

Um novo tratamento promete acabar com o desconforto das pessoas que sofrem de estomatite aftosa crônica, conhecida também como afta repetitiva. A doença, caracterizada por úlceras dolorosas nas paredes da boca, na língua e na gengiva, difere da afta simples por manifestar-se com mais frequência. Em trabalho recém-publicado na revista médica "Clinical and Experimental Rheumatology", editada na Itália, o médico e pesquisador em reumatologia e imunologia Morton Scheinberg relata os bons resultados obtidos em pacientes brasileiros que foram tratados com as substâncias ativas etamercept e o infliximab, habitualmente empregadas em casos de artrite.
A afta repetitiva é desencadeada quando o sistema imunológico do paciente produz TNF (fator de necrose tumoral) em excesso. Essa substância age na defesa do organismo e no controle das articulações, explica Scheinberg. Há um ano, ele vem tratando portadores desse distúrbio com medicamentos anti-TNF formulados com etamercept ou infliximab. Nos Estados Unidos e na Europa, esse tratamento vem sendo empregado desde 2000, mas, no Brasil, ainda é novidade.
Disponível em comprimidos, o remédio à base de etamercept é importado. Já o medicamento feito com infliximab necessita ser injetado. Ambos exigem prescrição médica. Segundo Scheinberg, a aplicação do infliximab é mais comum e deve ser feita em clínicas e hospitais uma vez por mês ou a cada dois meses, dependendo da incidência da afta.
Scheinberg afirma que o tratamento não apresenta efeitos colaterais e contra-indicações. "Antes, o medicamento usado para esses casos era a talidomida, que pode causar neurites, sonolência excessiva e é contra-indicada para mulheres grávidas."
Três ou quatro ocorrências de aftas por ano indicam que a pessoa pode ter estomatite aftosa crônica e deve procurar um clínico-geral, um otorrinolaringologista, um gastroenterologista ou um dentista para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado, recomenda Scheinberg. A afta repetitiva geralmente é hereditária, mas pode afetar também pessoas sem histórico familiar da doença.

Mosquito da dengue infecta cerca de 80 milhões de pessoas por ano, em todo o mundo

Distantes da religião Depois de analisar uma pesquisa sobre valores realizada em 57 países, inclusive no Brasil, o pesquisador Rodney Stark, da Universidade de Washington (EUA), concluiu que os homens são menos religiosos que as mulheres. Como o resultado obtido foi o mesmo em todas as culturas e religiões, Stark acredita tratar-se de uma tendência fisiológica, não sociológica.

Fumaça mentolada Estudo realizado na Universidade Estadual de Ohio (EUA) indica que o cigarro mentolado é ainda mais prejudicial que o tradicional. Essa conclusão baseia-se no fato de que a cotinina -um subproduto da nicotina que também afeta a saúde- permanece mais tempo no organismo das pessoas que fumam cigarros mentolados regularmente.

De bem com a balança Promover uma alimentação saudável e, ao mesmo tempo, combater os quilos a mais é o objetivo de "Uma Medida de Peso - Manual de Orientação para Crianças e Adolescentes Obesos e seus Pais" (120 págs., R$ 25, ed Celebris, tel. 0/xx/11/6977-8344). Escrito por especialistas na área de saúde, psicologia, nutrição e atividade física.

Superstição perigosa A análise de todas as mortes relacionadas ao trânsito na Finlândia, entre 1971 e 1997, indica que, em comparação com os homens, as mulheres correm um risco 63% de morrer em um acidente nas sextas-feiras que caem no dia 13. A pesquisa foi realizada na Universidade de Oulu. Supõe-se que essa diferença ocorra pelo fato de as mulheres serem mais suscetíveis a superstições.

Nutrição na rede No site da RG Nutri Consultoria Nutricional (www.rgnutri.com.br), o internauta encontra dicas sobre atividade física, sugestões de alimentação para esportistas, crianças, adultos e idosos, receitas leves, tabelas de calorias e informações sobre suplementos, vitaminas e minerais.


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