São Paulo, quinta-feira, 05 de fevereiro de 2004
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poucas e boas

Novo tratamento para bexiga hiperativa

DA REPORTAGEM LOCAL

Um novo medicamento que combate os sintomas da síndrome da bexiga hiperativa, caracterizada pela urgência em urinar, chega às farmácias no próximo mês e promete minimizar o principal efeito colateral dos remédios para essa doença: a boca seca. Trata-se de uma versão aperfeiçoada de uma droga já comercializada na Brasil -a tolterodina-, cujo efeito dura 24 horas.
O remédio estimula os neurorreceptores da bexiga, diminuindo a atividade desse órgão e, conseqüentemente, a necessidade de urinar. O efeito colateral ocorre porque a droga também estimula os neurorreceptores das glândulas salivares, o que deixa a boca seca.
Na nova formulação, a dosagem de tolterodina não foi alterada. O que mudou foi a forma de absorção pelo organismo, afirma o urologista José Alaor Figueiredo, do Hospital das Clínicas (SP). Até agora, o controle da bexiga hiperativa exigia o consumo de dois comprimidos diários. Já com a tolterodina de longa duração, o paciente precisa tomar apenas um comprimido por dia.
Além de facilitar o cotidiano de quem sofre da urgência de urinar, a sensação de secura na boca é reduzida. "O novo medicamento não possui pico de atuação, pois perdura ao longo do dia, fazendo com que a sensação de boca seca seja minimizada, melhorando a qualidade de vida do paciente", diz Figueiredo.
Não há dados sobre a incidência dessa síndrome no país. Nos Estados Unidos e na Europa, estima-se que o problema afete 15% da população adulta, afirma Homero Bruschini, professor de urologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Entre as várias causas da síndrome, estão AVC (acidente vascular cerebral), mal de Parkinson, esclerose múltipla, estresse e depressão. Em alguns casos, porém, não é possível determinar a origem do problema. Em outros, a hiperatividade da bexiga é temporária e está associada a doenças como cistite, explica Bruschini.
O novo medicamento deve ser usado sob orientação médica. (ANA PAULA DE OLIVEIRA)

Cerca de 70% da população expõe-se ao sol sem proteção, segundo a Soc. Bras. de Dermatologia

Fruta na balança Estudo norte-americano, feito com cem obesos e publicado na revista "Chemistry and Industry", sugere que a toranja ("grapefruit") ajuda a perder peso. Após 12 semanas, os voluntários que comeram meia fruta ou beberam um copo de suco antes das três principais refeições do dia emagreceram mais (1,6 kg e 1,5 kg, respectivamente) que aqueles que não consumiram "grapefruit".

Enxaqueca e lesão cerebral Pessoas que têm crises de enxaqueca correm um risco sete vezes maior de ter lesões cerebrais. Esses danos progressivos aumentam a possibilidade de, no futuro, o paciente sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). A conclusão é de pesquisa realizada na Universidade de Leiden, na Holanda, e divulgada pela rede britânica BBC.

Qualidade no dentista Assegurar aos pacientes que o consultório dentário segue normas rígidas de higienização que reduzem o risco de contaminação e, conseqüentemente, de infecções é o objetivo do selo Biológica - Qualidade em Biossegurança, lançado na semana passada, em São Paulo. Mais informações no site www.biossegurancaodonto.com.br.

Síndrome do pânico Segundo estudo dos NIH (Institutos Nacionais de Saúde dos EUA), pessoas com síndrome do pânico apresentam grande redução de um receptor de serotonina (neurotransmissor associado à sensação de bem-estar) em três áreas do cérebro. A descoberta poderá auxiliar no tratamento da síndrome.

Vício em cocaína A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) está selecionando voluntários para avaliar a eficácia do uso de um medicamento na dependência em cocaína. Podem participar homens de 18 a 55 anos, que usem a droga por via nasal e que possam fazer um tratamento gratuito por três meses, acompanhados por um familiar. Informações pelo telefone 0/xx/11/5575-1708.


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