São Paulo, quinta-feira, 06 de junho de 2002
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boquiaberto

Inspiração religiosa
O maracujá é nativo da América do Sul, e seu nome tem origem tupi: os índios o chamavam de "mara-cuia", que significa comida de cuia. Mas, em línguas como inglês, francês e espanhol, ele é a fruta da paixão -e isso nada tem a ver com desejos ardentes. Segundo alguns historiadores, religiosos cristãos batizaram a fruta com esse nome porque "viam", na flor do maracujá, elementos da Paixão de Cristo: as pétalas e as sépalas representavam os apóstolos; os estames, as chagas de Jesus; e a corola raiada, a coroa de espinhos. Outro vínculo do nome à Paixão de Cristo é uma lenda, registrada nos versos de "Flor de Maracujá", do poeta maranhense Catulo da Paixão Cearense (1863-1946). De acordo com esse relato mágico, havia um pé de maracujá próximo ao local onde Cristo foi crucificado, e seu sangue, ao escorrer, tingiu as flores, antes brancas, de roxo.

Feira de gulodices em BH
Nos dias 11 e 12 de junho, será realizada, em Belo Horizonte, a segunda edição do Boa Mesa Brasil, com cursos de culinária brasileira e internacional, degustação de vinhos e exibição de pratos, mesas decoradas, produtos alimentícios e equipamentos de cozinha. O ingresso custa R$ 10, mas não dá direito aos cursos, cujos preços variam de R$ 80 (aula avulsa) a R$ 300 (cinco aulas e/ou degustações). No Centro Cultural Conde de Santa Marinha (rua Januária, 130, Floresta). Informações pelo tel. 0/xx/31/3213-8830.

Amaciante vegetal
O truque de usar mamão para amaciar carnes é conhecido há séculos. Em uma das cartas que enviou ao rei da Espanha, o explorador Juan Ponce de León (1460-1521), que ficou famoso por ter tentado encontrar a fonte da juventude, relatou que, antes de colocar as carnes para assar, os índios cobriam-nas com folhas de uma planta que depois foi batizada de mamoeiro. O mesmo efeito é conseguido quando a carne é lambuzada com a seiva do mamão, líquido branco obtido ao se "riscar" a casca da fruta.



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