São Paulo, quinta-feira, 07 de outubro de 2004
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Esporte inclusivo

Os 98 atletas portadores de deficiência que levaram o Brasil à sua melhor campanha na Paraolimpíada começaram a competir antes de ir a Atenas. Para conquistar as 33 medalhas que deixaram o país em 14º lugar, eles tiveram de passar por uma primeira prova: encontrar um local adequado para treinar.
Mesmo para quem não compete profissionalmente, essa tarefa nem sempre é fácil. "Há pouquíssimos espaços em São Paulo preparados para o deficiente praticar esportes", afirma Galdino Oliveira Teixeira, presidente da Associação em Defesa dos Direitos de Pessoas Deficientes e Mobilidade. A alternativa é procurar academias que possuem atividades especializadas ou organizações que oferecem a oportunidade ao usuário.
O Clube dos Paraplégicos de São Paulo, por exemplo, é uma entidade sem fins lucrativos que forma atletas para competições -levou quatro pessoas à Paraolimpíada de Atenas-, mas também atende aqueles que querem apenas se exercitar. A instituição oferece várias modalidades -de basquete, atletismo e natação a dança artística e tiro esportivo.
Outra entidade paulistana que levou atletas a Atenas é a ADD (Associação Desportiva para o Deficiente). Dois membros do seu time de basquete, chamado Magic Hands, integraram o comitê brasileiro. Além de natação, atletismo e basquete de cadeira de rodas, ela possui duas opções para o deficiente visual: ciclismo e escalada indoor. O coordenador de esportes da ADD, Tiago Gorgatti, 26, observa que a prática de esportes, por melhorar o condicionamento físico, traz mais autonomia aos esportistas.
A independência também é citada por Marcelo Camargo, 36, diretor social do Ciedef (Centro para Integração Esportiva do Deficiente Físico), como o grande ganho para o portador de deficiência. Os cursos do Ciedef, para adultos e crianças, são realizados em oito academias e ginásios. Para Camargo, o importante é sair de casa: "Quando se quebra essa barreira, a vida melhora". (FLÁVIA MANTOVANI, free-lance para a Folha)


Mais informações: Clube dos Paraplégicos da Cidade de São Paulo (0/xx/11/5575-6675 e www.cpsp.com.br); Associação Desportiva para Deficientes (0/xx/11/5052-9944 e www.add.org.br); Centro para Integração Esportiva do Deficiente Físico (0/xx/11/ 5542-3949 e www.ciedef.org.br); Grêmio Recreativo Independente de São Paulo - Águias da Cadeira de Rodas (0/xx/11/3822-0526); Estação Especial da Lapa (0/xx/11/3873-6760 e www.fundosocial.sp.gov.br/eelapa.htm)


Texto Anterior: Soluções inventivas à mão
Próximo Texto: A visão dos brasileiros em perspectiva
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.