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São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2003
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Cigarro e olfato
"Comecei a fumar cigarro de palha há cerca de dez anos. Após um ano, notei que estava perdendo o olfato, então abandonei esse hábito. Cigarro comum, parei de fumar há seis anos. Devo ter perdido mais de 80% do olfato. Agrotóxicos na palha podem ter causado isso? Há meios de reverter essa situação?"
Takeshi Tanaka, São Paulo, SP

A perda ou a alteração do olfato tem um grande número de causas, entre elas o tabagismo. "O cigarro comum produz diminuição do olfato", afirma o pneumologista Carlos Alberto de Barros Franco, do Hospital Samaritano (RJ). Essa alteração geralmente normaliza-se quando a pessoa pára de fumar, mas há casos em que isso não ocorre. "O melhor a fazer é procurar um médico, começando por um otorrino, para avaliar as múltiplas causas do problema." Quanto aos cigarros de palha, é difícil fazer uma avaliação, pois, como são feitos artesanalmente, sua composição varia muito.



Dermatite na face
"Há quatro anos, surgiram rachaduras nos cantos da minha boca e nas pálpebras, que ardem, coçam e escamam. Já fui a vários médicos e deixei de comer alguns alimentos, mas não houve melhora."
M. F. S. V., Assis, SP

Os sintomas sugerem um quadro de dermatite, inflamação que pode ser desencadeada por vários fatores, diz o dermatologista Guilherme Olsen de Almeida, do hospital Sírio Libanês (SP). "Não acredito que tenha relação direta com a alimentação." Entre as causas estão o contato com esmalte (dermatite de contato) e o uso contínuo de corticóides fluorados (dermatite perioral), portanto deve-se evitar essas substâncias. O tratamento, sempre sob orientação médica, pode ser feito com aplicações locais de hidrocortisona -em pequenas quantidades e por curtos períodos- ou dos novos imunomoduladores, que são efetivos e desprovidos de efeitos colaterais, explica Olsen.


Doenças do sono
"Eu ronco e talvez tenha apnéia noturna. Como esses problemas podem me afetar? A quem recorrer?"
José Antonio Moreira, Mococa, SP

De acordo com o neurofisiologista clínico Gary Gronich, da Beneficência Portuguesa (SP), o ronco não afeta a saúde. Geralmente está associado a alguma obstrução provocada por posição ou excesso de peso, por exemplo. Já a apnéia -interrupção da respiração- prejudica o sono: a pessoa fica sonolenta durante o dia, cansada e com baixa concentração. "Em casos graves, pode ocorrer hipoxia, que é o aumento de quantidade de gás carbônico no organismo; se a interrupção for prolongada, ela pode causar distúrbios cardíacos e neurológicos." A apnéia pode ter origem respiratória ou neurológica. Gronich recomenda procurar um médico especializado em sono para investigar o motivo do ronco e se há apnéia.


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