São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 2008
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"Grávidos" e saudáveis

Se o casamento pode engordar, a gravidez é um bom motivo para manter a linha. Foi o que descobriu a arquiteta e paisagista Cíntia Rondon, 29. Depois de quatro anos de união, ela e o marido, o bancário Marcelo, 31, acumulavam vários quilos a mais.
"Não jantávamos. Era um copo de leite à noite e muitos petiscos", diz.
Mas o relaxamento começou a gerar preocupação quando ela descobriu que estava grávida "o excesso de peso quadruplica o risco de complicações na gestação. Orientada pela obstetra, Cíntia procurou uma nutricionista.
Na dieta, nada foi proibido. Mas o controle sobre doces e fast food é rígido. Para o sucesso de Cíntia, foi fundamental a adesão incondicional do marido à mudança. "Ele me acompanhou à nutricionista e, para me apoiar, aderiu à dieta", conta. Deu tão certo que Marcelo já perdeu seis quilos.
Na casa dos Rondon, a alimentação equilibrada virou um mantra. Arroz, feijão, salada e carne são o prato oficial do casal. Marcelo abandonou os acompanhamentos gordurosos do vinho. Cerveja, uma vez por semana, e com moderação. É ele também quem cuida para que Cíntia não troque o jantar saudável pelas massas e sobremesas. Mas nada é radical. Um vez por semana, o casal come pizza, comida chinesa ou até feijoada.
Cíntia visita a nutricionista a cada 20 dias e tem dietas específicas para cada período da gravidez. A meta é engordar sete quilos nos nove meses da gestação.
Até o oitavo mês, a arquiteta só ganhou seis quilos e deve cumprir a tarefa com mérito. O marido ressalta o sucesso. "Ela só engordou o peso referente à gravidez, nada a mais. E os exames mostraram que o bebê é forte e saudável.
"Depois da amamentação, Cíntia tem novos desafios. Quer voltar ao manequim de solteira. Marcelo aprova e garante que vai fazer o que for necessário para ajudar a mulher. "Eu também tenho muito a ganhar."

COMENTÁRIO DO ESPECIALISTA

O sucesso da reeducação alimentar depende da participação de toda a família. Mas cada pessoa deve ter uma dieta de acordo com a idade, sexo, rotina etc. Radicalizar é um erro. O ideal é que a dieta seja adaptada aos hábitos, e não o contrário. Só assim os resultados serão mantidos.


MÔNICA BEYRUTI, nutricionista especialista em fisiologia do exercício e nutrição em cardiologia, diretora da Beynutri Consultoria Nutricional e membro da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo)


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