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Depois do verão, os consultórios dermatológicos lotam. Uma das causas são as manchas brancas que aparecem principalmente nos braços e nas pernas em pessoas com mais de 35 anos. Decerto, pensam os pacientes, as manchas são consequência dos dias a fio passados na praia ou na piscina durante o mês de férias. Certo? Errado. Na verdade, elas são o resultado de anos de exposição solar, não só em praias ou piscinas, mas no dia-a-dia também. "A exposição vai danificando as células, até que um dia os danos progressivos provocam o surgimento de pequenas manchas brancas", diz a dermatologista Patrícia Rittes.
A médica acaba de trazer para o Brasil uma nova técnica, capaz, segundo ela, de eliminar essas manchas em cerca de 80% dos casos. Ao contrário de outras manchas, essas perdem a capacidade de se pigmentar com a exposição ao sol. "Se não tomar cuidado, elas podem ser predecessoras de um câncer de pele", alerta Rittes.
O novo procedimento é, na verdade, uma técnica cirúrgica criada pelo especialista norte-americano Norman Orentreich. Aplica-se um anestésico local e, com o auxílio de uma cureta, é possível destruir a lesão e estimular a repigmentação do local.
Em apenas uma sessão de cerca de 20 minutos, várias manchas podem ser tratadas. A cicatrização leva de sete a dez dias. Depois desse período, a mancha começa a se repigmentar e, com o tempo, desaparece. "Há alguns casos em que é preciso mais de uma sessão ou em que a mancha não pode ser eliminada", diz a médica. Seja qual for o caso, a todas as pessoas é recomendado o uso de filtro solar diariamente, mesmo quando se está longe do mar ou da piscina.
Além da técnica nova, outro procedimento já consagrado usado para remover essas manchas é o da crioterapia, no qual é aplicado nitrogênio líquido, informa a dermatologista da Unifesp Ediléia Bagatin. "As respostas a esse tratamento são variáveis, mas, na maior parte dos casos, a lesão melhora bastante com a aplicação", afirma.(GS)


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Juca Varella/Folha Imagem

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