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Quando a causa está na cabeça do sujeito
Os remédios contra impotência asseguram a ereção em casos de origem psicológica, mas o problema exige tratamento
psicoterápico. "O medicamento é só um
paliativo", diz o angiologista Alfredo Romero, especialista em disfunções sexuais
masculinas e femininas.
A grande causa da disfunção erétil é o
mito de que a performance sexual deve
ser sempre exemplar. O estresse é outro
vilão. Situações de tensão fazem o organismo liberar adrenalina, hormônio que
fecha as artérias periféricas do corpo para que o sangue seja bombeado em
maior quantidade para órgãos estratégicos como coração, causando um débito
no volume sanguíneo da artéria que irriga o pênis.
Segundo os especialistas, 80% dos casos de impotência são causados por razões psicológicas. Em consequência, os
pacientes têm comprometidas a auto-estima e as bases do relacionamento com a
parceira. Nos países latinos, o machismo
torna o problema ainda maior.
"O órgão sexual representa o imaginário social e está relacionado à relação de
caça e conquista. Ao conseguir completar o ato sexual, o homem se sente mais
homem", explica o psiquiatra Luiz
Cuschnir, do Hospital das Clínicas.
No caso dos adolescentes, a falta de
maturidade para lidar com os fracassos
torna a questão ainda mais penosa. "Eles
acham que precisam começar bem", diz
a psicóloga e colunista da Folha Rosely
Sayão.
Broxar uma vez na vida é natural. "Em
dez tentativas, é possível que o homem
falhe pelo menos três vezes", afirma o
urologista Luiz Otávio Torres. "Ele tem
de deixar de lado a idéia de que é preciso
sempre desempenhar a função de super-homem."
É por isso que a mulher tem um papel
tão importante na resolução do problema. A recomendação é conversar com o
companheiro, mas sem pressionar para
não aumentar sua ansiedade.
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