|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Consulta por e-mail pode?
Ainda não há regulamentação do Conselho Federal
de Medicina (CFM) sobre
acompanhamento médico
pela internet. "O que existe
é apelo ao bom senso. Os
médicos devem usar os
mesmos critérios que usariam com o telefone", diz o
cardiologista Roberto d'Avila, conselheiro e corregedor do CFM.
Vale tirar dúvidas, como
esclarecer os horários de
medicamentos, indicar, de
acordo com os sintomas
descritos pelo paciente, o
especialista que deve ser
procurado e até mesmo
apontar que tais sintomas
sugerem a presença de uma
ou outra doença. "É fácil
entender a lógica dessa ética: em muitas revistas e jornais existem perguntas para médicos responderem.
Isso também é possível pela
internet", diz o ginecologista e advogado Edvaldo Dias
Carvalho, da Cátedra Unesco de Bioética da Universidade de Brasília (UnB).
O que não é permitido é
prestar consultas eletrônicas sem que o paciente tenha ido, pelo menos uma
vez, ao consultório.
Também não se deve receitar medicamentos por e-mail, principalmente aqueles que exigem receitas.
Como o bom senso é o
que deve prevalecer nesse
tipo de medicina virtual, fica a cargo do médico impor
seus limites, mas cabe também ao paciente tomar alguns cuidados para se resguardar, como não aceitar a
prescrição de um medicamento que requer receita
ou um diagnóstico vago.
"Nesse tipo de relação,
sempre haverá riscos tanto
para o médico como para o
paciente, pois, por ser uma
comunicação imprecisa,
ambos estarão sujeitos a falhas", finaliza Carvalho.
Texto Anterior: Tratamento na rede Próximo Texto: Entrevista: Tristeza que dói no corpo Índice
|