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São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 2003
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poucas e boas

Relaxamento reduz dor de fibromialgia

GABRIELA SCHEINBERG
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Técnicas de relaxamento podem melhorar a qualidade de vida de quem sofre de fibromialgia, problema crônico que causa dores difusas pelo corpo e não tem cura. Segundo pesquisa feita no Hospital das Clínicas (SP) com 60 portadoras da doença, mais de 80% delas relataram melhora na dor e no bem-estar. "Isso prova que o relaxamento é um instrumento útil, mas não substitui o medicamento", diz o psicólogo Luiz Paulo Marques de Souza, autor do estudo.
Sobre as causas da fibromialgia, o que se sabe é que a doença pode ser desencadeada por uma série de fatores, que variam de um trauma ao estresse do dia-a-dia. E o estresse que a dor provoca pode piorar o problema, provocando um quadro depressivo no paciente ou estressando-o ainda mais. E o resultado é mais dor.
Foi pensando nessas pessoas que Souza partiu para o estudo do relaxamento como forma de tratamento da fibromialgia. Ele usou duas técnicas distintas. Na primeira, chamada imaginação dirigida, o terapeuta orienta o paciente a fazer uma viagem mental com imagens e idéias positivas. "Ao entrar em estado de relaxamento, o paciente libera endorfina, substância que atua no sistema nervoso gerando uma sensação de bem-estar", diz o pesquisador. Na segunda técnica, chamada método de Jacobson, ele pedia para os pacientes tencionarem e relaxarem diferentes grupos musculares. "Ao relaxar, o paciente sentia um alívio que, por sua vez, liberava a endorfina", explica. Ambas as técnicas se mostraram eficientes. Mas o bem-estar era passageiro. Para prolongar a sensação, o paciente precisaria fazer em casa o que aprendeu nas sessões.
Aos interessados, o psicólogo recomenda a ajuda de um terapeuta para avaliar se o relaxamento pode ser útil para aquele paciente e qual a melhor técnica para ele. "Não basta comprar um livro ou um CD. É preciso procurar a ajuda de um especialista para garantir que os exercícios estejam sendo feitos corretamente."
Segundo Daniel Feldman, professor-adjunto de reumatologia da Unifesp, o relaxamento ajuda a enfrentar melhor o quadro, pois a pessoa se sente mais segura. Dessa forma, a dor interfere menos na qualidade de vida do paciente. "Não existe cura para a fibromialgia, mas é possível controlá-la", diz Feldman.



Estima-se que cerca de 5 milhões de brasileiros já tenham se tratado com homeopatia


Violência musical
Pode ser rock, rap ou bolero. Independentemente do estilo musical, letras violentas estimulam pensamentos e atitudes hostis, sugere estudo publicado na revista científica americana "Journal of Personality and Social Psychology". Os pesquisadores analisaram mais de 500 estudantes que foram submetidos a testes para medir a agressividade após ouvirem músicas com conteúdo violento.


Peixe para os olhos
Segundo duas pesquisas divulgadas na semana passada, pela Associação para Pesquisa em Visão e Oftalmologia (EUA), peixe faz bem para os olhos. O risco de sofrer de degeneração macular é 50% menor entre pessoas que consomem peixe mais de duas vezes por semana. Já quem come atum duas a quatros vezes por semana corre um risco 18% menor de ter síndrome de olho seco.


Coagulação monitorada
Está sendo lançado, nesta semana, o CoaguChek S, o primeiro monitor portátil para coagulação do mercado brasileiro. O equipamento pode ser usado em casa e é indicado para pessoas que fazem tratamento com anticoagulantes orais. O preço médio é R$ 2.600. Mais informações podem ser obtidas pelo tel. 0800-7720126.


Hora de dormir
De Somno - Sobre o Sono e Seus Mistérios é o nome do evento gratuito que será promovido pelo Instituto do Sono da Unifesp e pelo Sesc Consolação, de 19/5 a 24/5, em SP. Haverá palestras sobre a importância e os distúrbios do sono e apresentação de técnicas corporais que ajudam a dormir melhor. As vagas são limitadas. Os interessados devem se inscrever pelo tel. 0/xx/11/3234-3051.


Menos peso
Por dia, todas consumiram 1.340 calorias e 20% de gordura. Mas as mulheres que seguiram uma dieta com 34% de proteína e 46% de carboidrato emagreceram mais que aquelas que adotaram uma dieta menos protéica (17% de proteína e 64% de carboidrato). Esse é o resultado de pesquisa feita pela Organização Nacional de Pesquisa Científica e Industrial de Adelaide (Austrália).


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