São Paulo, quinta-feira, 16 de maio de 2002
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Dor suicida

Foi com a dor de cabeça mais intensa já descrita pela medicina que o ator Gracindo Jr., 58, participou da montagem da peça "Liberdade para as Borboletas", de Leonard Gershe, em 1972.
"Eu já sou pirado, e a dor é mais pirada ainda", afirma ele, que sofre de cefaléia em salvas -também conhecida por cefaléia suicida. A literatura médica relata casos de pacientes que teriam chegado a se matar por causa dessa dor, comparada à de facadas.
"Ninguém sabia diagnosticar. Passei de pai-de-santo a neurologista. É uma coisa que faz você querer morrer", diz ele, que acredita estar livre da doença. O termo em salvas pode explicar por que o ator está há tanto tempo sem as crises. Essa dor, que não tem cura, possui a característica de ocorrer durante um ou até três meses e depois desaparecer por meses ou até anos. Porém, tempos depois, ela volta. Esse tipo de cefaléia também ganhou o apelido de dor de cabeça do homem, por ser extremamente rara em mulheres. E pouco conhecida dos médicos, diz a estudiosa do assunto Maria Eduarda Nobre, 32, pesquisadora da Universidade Federal Fluminense.



Texto Anterior: A dor dos médicos
Próximo Texto: Tratamento começa suspendendo remédio
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.