São Paulo, quinta-feira, 18 de julho de 2002
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poucas e boas

Tratamento de hérnia promete menos riscos

GABRIELA SCHEINBERG
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A rotina de uma cidade cosmopolita pode levar as pessoas a não prestar a devida atenção à postura, principalmente na hora de carregar peso. O resultado desse abandono aos cuidados a coluna pode ser uma hérnia de disco cervical. O tratamento é cirúrgico, e tem como risco a perda de cerca de 20% do movimento do pescoço. Mas uma técnica que acaba de chegar ao Brasil promete aliviar a dor sem afetar o movimento.
Avaliada em cinco centros de pesquisa da Europa durante quatro anos, ela consiste em substituir, por meio de cirurgia, o disco afetado por uma prótese de poliuretano e titânio. Os discos ficam localizados entre as vértebras e funcionam como um amortecedor para choques e impactos. Eles são formados principalmente por água. Quando falta uma substância hidratante, eles se tornas rígidos. O atrito entre as vértebras então provoca o seu rompimento, fazendo com que parte do disco fique saliente e comprima os nervos, provocando a dor característica da hérnia.
A técnica mais consagrada para tratar esse tipo de hérnia consiste na remoção do disco e na introdução de um pedaço de osso, que é então fundido com a vértebra de cima e com a de baixo. Isso bloqueia a movimentação da região. "Além de provocar a perda da mobilidade, observou-se que, cerca de cinco anos após a cirurgia, os pacientes tinham uma recidiva", diz Francisco Azuaga, ortopedista do Hospital São Camilo, em São Paulo. A nova técnica insere, em vez do osso, a prótese, que permite que a região mantenha o movimento. "Das mais de mil pessoas que já usam a prótese no exterior, nenhuma apresentou recidiva até o momento", afirma.
A prótese já é usada na Europa e, em breve, será aplicada nos EUA (a agência reguladora daquele país já está avaliando a prótese). Mas os médicos ainda pedem cautela com o novo procedimento. Segundo Tarcisio Barros, diretor do serviço de coluna do HC, a técnica consagrada é ainda a mais bem estudada. "Precisamos de mais tempo para avaliar a prótese e ter certeza de que a técnica supera a utilizada atualmente", afirma.

De véu e grinalda Comparando 3.886 mães (casadas e solteiras), estudo da Universidade da Pensilvânia (EUA) registrou que as mulheres que vão a cultos religiosos têm mais chance de se casarem. Uma das possíveis explicações para esse fato, segundo os pesquisadores, é que, ao frequentar igrejas, as mulheres conhecem homens que compartilham os mesmos valores morais e religiosos e que, por isso, são mais propensos a assumir compromissos, incluindo casamentos.

Compulsão alimentar Pessoas que comem compulsivamente podem participar do programa de tratamento psicológico gratuito oferecido pela Divisão de Psicologia do Instituto Central do Hospital das Clínicas (SP). As inscrições devem ser feitas até 31/7, das 9h às 17h, com Magali, pelo telefone 0/xx/11/3064-3186.

Mais músculos, menos fraturas Exercícios para fortalecer a musculatura das costas reduzem a ocorrência de fraturas na coluna vertebral em mulheres que estão na pós-menopausa e por isso correm mais risco de ter osteoporose, concluíram médicos da Clínica Mayo (EUA). Esse benefício foi registrado em voluntárias de 58 a 75 anos que não faziam terapia de reposição hormonal.

Risco de infarto Duas pesquisas divulgadas recentemente analisaram as causas que levam uma pessoa a sofrer de problemas cardíacos. Na Grande São Paulo, o tabagismo e a concentração de gordura na região abdominal são os principais fatores de risco de infarto do miocárdio, concluiu estudo apresentado na USP e feito pelo médico Álvaro Avezum Júnior, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (SP), que analisou 553 pacientes que foram internados em 12 hospitais da região. Já uma pesquisa anglo-japonesa publicada na revista científica "Occupational and Environmental Medicine" identificou que o risco de ataque cardíaco chega a dobrar entre homens que trabalham 60 ou mais horas semanalmente e que dormem cinco ou menos horas por noite pelo menos duas vezes por semana.


Cerca de 10% da população mundial sofre de dor de cabeça crônica


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