São Paulo, quinta-feira, 18 de julho de 2002
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Preocupação com futuro é saudável, mas expectativas exageradas podem causar frustração em pais e filhos

Futuro dos filhos é planejado no berçário

Antônio Gaudério/Folha Imagem
O professor Joel Pontin, que investe na Bolsa para garantir o estudo no exterior para seu filho Francisco


ANTONIO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

Francisco tem dez meses de vida e já possui ações de empresas como Itaú, Gerdau e Petrobras. Os gêmeos Gabriel e Marcella acabaram de nascer, e seus pais, para evitar um possível transplante de medula óssea no futuro, congelaram o cordão umbilical dos dois. Dênis, aos quatro anos de idade, sentou-se com o pai e fez a lista de supermercado de casa para aprender a pensar sobre conceitos como caro e barato. Já o garoto Pedro, quando tinha cinco anos, foi abordado pelo pai, que carregava um gráfico na mão para ensinar-lhe um pouco sobre o movimento das ações na Bolsa de Valores.
Essas crianças fazem parte de um grupo de famílias que começam a planejar o futuro do filho bem cedo -às vezes quando ele ainda nem nasceu. Leia, nas págs. 7 e 8, como são feitos esses investimentos, que podem ter como meta garantir educação, saúde ou sucesso profissional para os rebentos. Mas atenção: pensar no futuro dos filhos é legítimo. Porém idealizar demais o que o filho vai ser ou fazer pode gerar frustrações. "Com toda certeza, o filho não vai ser um reflexo da imaginação dos pais", alerta a psicanalista Miriam Debieux Rosa, coordenadora do laboratório de psicanálise e sociedade da USP e da PUC-SP.



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