São Paulo, quinta-feira, 18 de outubro de 2001
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boquiaberto

Plissados e ovos

Qualquer um pode colocar um chapéu de chef para fazer estripulias culinárias. Mas reza a tradição que somente merece o título de chef -e, portanto, o direito de proteger a cabeça com "la toque blanche" (gorro branco, em francês)- o cozinheiro que sabe preparar um simples ovo de cem maneiras diferentes. Por isso o verdadeiro chapéu de chef deve ter um plissado com cem pregas. Há várias hipóteses sobre a origem desse chapéu. Uma delas remonta à antiga Assíria, que ficava na região hoje ocupada pelo Iraque. Temendo envenenamentos, os reis precisavam garantir a fidelidade de seus cozinheiros e, para isso, davam a eles chapéus que se pareciam com coroas.

Biscoitos estratégicos

Os crocantes biscoitinhos da sorte são geralmente associados à cozinha chinesa, mas ninguém sabe ao certo onde e quando surgiram. Alguns estudiosos acreditam que eles foram criados realmente na China, no século 12, quando o Exército local enfrentou os mongóis. Para combinar estratégias nas diversas frentes de batalha, os soldados trocavam bilhetes escondidos dentro de biscoitos em formato de Lua. Com a ajuda dessa tática, eles conseguiram vencer os invasores. O povo, feliz, utilizou os mesmos biscoitos para comemorar, trocando os bilhetes militares por mensagens de felicitações.

Doce redemoinho

O "strudel", tradicionalmente recheado com maçãs, nozes e passas, é um dos pratos que fez a fama da confeitaria típica da Áustria. Os mais exigentes afirmam que a massa deve ser fina o suficiente para que o cozinheiro consiga enxergar através dela quando crua. Essa massa delicada foi inspirada na igualmente apetitosa "baklava", popular em países como Grécia e Turquia. Esse doce é feito com 30 ou mais "phylos", delgadas folhas de massa pinceladas com manteiga e intercaladas com lâminas de pistache, nozes ou amêndoas. Depois de assada, a "baklava" é umedecida com mel, água de rosas e limão.


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