São Paulo, quinta-feira, 22 de fevereiro de 2001
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boquiaberto

Pão da vitória
Apesar do nome, o croissant não é uma criação totalmente francesa. Sua origem data do século 17 e está relacionada com a invasão, pelos turcos, da região onde atualmente ficam a Áustria e a Hungria. Por isso o pãozinho tem o formato de lua crescente, símbolo presente até hoje na bandeira da Turquia. Alguns historiadores acreditam que o "kipfel", o pai do croissant, foi criado em Budapeste, em 1686. Outros dizem que foi três anos antes, em Viena, sob encomenda de Eleonore, esposa do imperador Leopoldo 1º. Com o gesto, a imperatriz comemorou a derrota dos turcos e também homenageou os padeiros que alimentaram a população de Viena, sitiada por mais de 50 dias pelos invasores. Quase um século depois, o "kipfel" foi levado para Paris por Maria Antonieta, filha da imperatriz Maria Teresa da Áustria e futura esposa de Luís 14. Na França, o pão foi rebatizado como croissant e tornou-se mais folhado e macio graças ao acréscimo de mais fermento à receita original.

Do Brasil para o mundo
O que o frango xadrez com sotaque chinês, o domoda (cozido típico de Gâmbia) e a paçoca doce brasileira têm em comum? O amendoim, planta nativa do Brasil que é sucesso no mundo todo, especialmente entre os norte-americanos, que consomem, atualmente, cerca de 1,1 milhão de toneladas dessa leguminosa por ano. Antes do descobrimento, a movimentação dos índios espalhou o amendoim pelas Américas. Depois, os portugueses encarregaram-se de levar a planta para o resto do mundo. O amendoim era tão importante no Brasil Colônia que mereceu alguns parágrafos do livro "Tratado Descritivo do Brasil", escrito pelo cronista português Gabriel Soares de Souza em 1587. Ele registra algumas peculiaridades do cultivo do amendoim na época: somente índias e mestiças plantavam e colhiam as vagens, pois acreditavam que a presença de homens prejudicaria o desenvolvimento das plantas.


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