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poucas e boas
Leite e ovos são perigo para alérgicos
GABRIELA SCHEINBERG
DA REPORTAGEM LOCAL
Quem sofre de alergia alimentar deve evitar ovos
e leite. Essa é a conclusão de Wilson Rocha Filho, coordenador do Serviço de Alergia do
Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, a partir de
pesquisa realizada nos EUA sobre as alergias causadas
por alimentos. O médico acrescenta que a lista para o
norte-americano alérgico inclui ainda o amendoim, o
trigo, o peixe e a soja, alimentos responsáveis por 90%
dos casos de alergia alimentar.
"Há muito folclore de que chocolate causa alergia,
mas não há respaldo científico. O verdadeiro responsável pela alergia é o leite, e não o chocolate."
Com apenas dois alimentos a ser evitados, o tratamento da alergia, problema que afeta de 10% a 15% dos
brasileiros, pode ser simplificado.
Outra boa notícia é que alguns tipos de alergia, como a
rinite e a asma, também podem ter no futuro seus tratamentos simplificados. Isso porque três vacinas estão
sendo testadas nos EUA e na Europa. Uma delas, feita à
base de material genético do próprio corpo humano, "é
capaz de induzir o sistema de defesa a mudar de direção, evitando a reação alérgica", explica Rocha Filho.
O segundo imunizante usa anticorpos contra outro
anticorpo humano, o IgE, responsável por desencadear
o processo da alergia. A terceira usa pequenos pedaços
do antígeno que desencadeia a alergia, como pó e ácaro.
"São pedaços tão pequenos que não chegam a causar
efeitos colaterais", diz o médico.
A terceira vacina já está disponível nos EUA. No Brasil, existem vacinas semelhantes, mas, em vez de usar
pedaços, elas usam o antígeno inteiro. "Isso causa reações adversas graves, como a piora do quadro alérgico",
afirma o médico. O imunizante nacional precisa ser administrado durante um período variável, de dois a três
anos. No começo, a aplicação é semanal, mas depois se
torna quinzenal e, mais para a frente, mensal.
As novas vacinas, ainda em estudo, terão um período
menor de tratamento, mas devem demorar para chegar
ao mercado -de três a cinco anos. "Os dados que temos são preliminares, mas as vacinas têm o potencial de
mudar a história da alergia", diz o médico.
Consumo responsável
O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) estão lançando o "Guia do Consumo Sustentável", com dicas que ajudam a preservar os recursos naturais no dia-a-dia. Aqui vai uma delas: se o freezer de casa for descongelado antes de acumular
muito gelo, você economiza energia. Por enquanto, o guia está disponível apenas
na Internet. Confira no site do Idec (www.idec.org.br).
Urtiga contra artrite
Os efeitos benéficos da urtiga, planta que é popularmente usada com fins medicinais, foram comprovados cientificamente. Pesquisa
realizada na Universidade de Plymouth (Grã-Bretanha) constatou que a aplicação
das folhas sobre as mãos dos pacientes amenizou a dor.
Dúvidas sobre o bebê
Explicar quais são os fatores que podem levar à má-formação do feto é o objetivo do livro "Eu Posso Ter um Bebê Normal?" (ed. Imago,
R$ 16), do médico geneticista Gerson Carakushansky, da Universidade Federal do Rio
de Janeiro. O autor indica exames pré-natais e hospitais que fazem diagnóstico e aconselhamento genético no Brasil.
Alergia e cérebro
Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins (EUA)
descobriram que uma proteína do sistema nervoso está associada à ocorrência de
asma, rinite e outras alergias. Os alérgicos apresentam níveis mais altos de NGF (sigla em inglês para "nerve growth factor", fator de crescimento do nervo), o que
provoca aumento da sensibilidade a substâncias irritantes, como fumaça.
Rótulo em braile
A partir de agora, as embalagens da linha Erva Doce, da Natura, trarão informações em braile, como nome do produto, descrição, volume e telefone de atendimento ao consumidor. A Natura é a primeira empresa de cosméticos brasileira a oferecer esse serviço ao consumidor com deficiência visual.
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