São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 2000
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Portador de marcapasso é vulnerável

Há um grupo especialmente sensível à poluição eletromagnética: são os portadores de marcapasso e válvulas cardíacas não-biológicas.
Quem usa esses aparelhos não pode passar pelos detectores de metais de aeroportos e entradas de bancos. Também deve ficar longe de celulares e aparelhos que fazem exame de ressonância magnética. "Aparelhos mais modernos não são tão sensíveis. Mesmo assim, recomendamos que o paciente só fale ao celular do lado contrário ao que está o marcapasso", diz Marcos Knobell, cardiologista do hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Alguns são mais sensíveis e sentem até a interferência das ondas emitidas por antenas de rádio e TV. "Todo marcapasso está sujeito à interferência eletromagnética. Já tive pacientes que se sentiram mal andando pela avenida Paulista por causa da grande quantidade de antenas instaladas", conta o cardiologista Martino Martinelli, chefe do setor de marcapassos do Incor (Instituto do Coração).
Além das antenas, dos satélites, radares e fios de alta tensão, aparelhos eletroeletrônicos aparentemente inofensivos, como computadores, celulares, detectores de metal e walkie-talkies, também carregam o ar de poluição eletromagnética.
A maioria das pessoas nem se dá conta de que está exposta a lixo eletromagnético, embora pesquisas mostrem que, em ambientes de trabalho apinhados de computadores e outras bugigangas eletrônicas, aumentam as queixas de dor de cabeça, depressão, irritabilidade e cansaço.



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