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Um aparelho simples e leve, desenvolvido por um brasileiro, está ajudando na reabilitação de pessoas com LER/Dort (lesões por esforço repetitivo/distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho) ou que sofreram fratura nos membros superiores ou ficaram com os movimentos comprometidos depois de um derrame. O Moving Hands, que vem sendo utilizado há oito meses em clínicas e hospitais, deve começar a ser comercializado no próximo mês.
Esse não é o primeiro invento do escritor e professor de teatro e canto João Justino Leite Filho na área de reabilitação. Em 1998, preocupado com a postura de seus alunos, ele criou o Rollover, utilizado para recuperar a força muscular em casos de lesões no joelho e no tornozelo. "O Moving Hands surgiu depois que especialistas comentaram sobre a necessidade de um aparelho similar que exercitasse os membros superiores", diz ele.
Lavável e pesando cerca de 300 g, o Moving Hands é formado por duas peças perfuradas de poliuretano, unidas por um eixo. Graças a essa estrutura, o aparelho permite o encaixe, a movimentação dos dedos e a rotação dos punhos, dos cotovelos e dos ombros, explica a médica Pérola Plapler, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas (SP). A interligação das peças possibilita também que uma pessoa que sofreu derrame estimule as áreas comprometidas usando o membro não afetado. "Mesmo pacientes idosos podem se auto-exercitar", afirma Plapler.
"É um recurso a mais para tornar a fisioterapia menos repetitiva e monótona", afirma Edgar Kanada, fisioterapeuta do Hospital do Servidor Público do Estado. O fisioterapeuta Cláudio Manuel Horta Duque recomenda o aparelho também para ginástica laboral e para prevenção de LER/Dort.
O Moving Hands poderá ser encontrado, a partir de fevereiro, em lojas de equipamentos médicos e ortopédicos e custará cerca de R$ 60, segundo Orlando de Carvalho, diretor comercial da Carci, empresa que distribui o aparelho. (VINICIUS CARRASCO)