São Paulo, quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005
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Movimentos voluntários

Ir de carro à padaria, ver televisão de posse do controle remoto, subir um andar no shopping de elevador ou de escada rolante -é difícil fugir dos facilitadores que dispensam os movimentos do corpo no dia-a-dia.
"O conforto está normalmente associado ao não se mover. Dependemos de uma série de máquinas que nos fazem abandonar os movimentos próprios do ser humano", diz o professor de educação física Adriano Mastrorosa, mestre em sociopsicologia, que defende a tese de que é preciso redescobrir os prazeres dos movimentos originais do corpo para que os exercícios não sejam sinônimo de sacrifício.
"Não temos mais interesse pelo movimento, privilegiamos outras coisas mais intelectuais. Nossas crianças são estimuladas ao conhecimento intelectual e perdem a intimidade com o movimento", afirma o psicólogo e psicomotricista André Trindade.
Para o terapeuta, a melhor forma de recuperar o movimento é dançar. "É muito comum ver pessoas em festas morrendo de vontade de dançar, mas que ficam paradas, com vergonha. Se for difícil fazer na frente das pessoas, dance no banheiro", brinca.

Ações repetidas
Assim como a falta de exercícios, a repetição excessiva dos movimentos também é prejudicial e atende pelo nome de LER, lesão por esforço repetitivo, que engloba 30 doenças, como a tendinite e a bursite, e afeta 4% da população de São Paulo, segundo pesquisa feita pelo Datafolha em 2001.
Principalmente relacionada às atividades rotineiras feitas de modo repetitivo, ao mobiliário inadequado e à falta de flexibilidade, a LER pode ser prevenida com alguns novos hábitos, como sentar e manter uma postura adequada e fazer pausas periódicas para exercícios de alongamento.


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