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Pacientes são pró-terapia
Alheios aos embates entre
a comunidade científica e
os terapeutas alternativos,
os adeptos da cura não-ortodoxa usam o próprio
corpo como prova de que
o dinheiro gasto no consultório não foi em vão.
O empresário Cássio
Soares, 38, tinha um problema crônico de enjôo
matinal que já havia lhe
custado uma úlcera no estômago, mas que nenhum
dos três gastroenterologistas que havia consultado conseguia diagnosticar
a causa. "Se estava nervoso, as náuseas eram tão
fortes que vomitava todas
as manhãs. Fui a vários
médicos, fiz endoscopia,
mas ninguém descobriu
como parar os enjôos."
Há um ano, Soares resolveu procurar curas alternativas. Começou com
a massagem ayurvédica
por indicação de um colega de trabalho. "Ele falava
tanto no assunto que resolvi experimentar." Sentiu diferença nas primeiras sessões. "Dormia mais
tranquilo e acordava bem.
O enjôo não desapareceu,
mas diminuiu", conta.
Pouco tempo depois, a mãe de uma colega da filha sugeriu que ele tentasse também a cura prânica.
"Comecei a fazer as duas
juntas e foi aí que senti
realmente diferença. Faço
uma sessão de cada terapia por semana e hoje
quase não tenho mais enjôos", diz Soares, que como a maioria dos pacientes não está muito preocupado em entender como
as terapias funcionam.
A falta de prova científica da eficácia do reiki também não incomoda a consultora de feng shui Silvana Occhialini, 48, adepta
da técnica há cinco anos.
Como o reiki permite que
os iniciados façam a terapia em si próprios e nos
outros, Silvana e o marido
vivem atendendo pedidos
de amigos para aplicar reiki em conhecidos que sofrem dos males mais diversos: de enxaquecas
crônicas a cólicas renais e
dores em decorrência de
câncer. "Já tratei da minha
casa o pai de uma amiga
minha que estava em um
hospital na Itália com câncer, e as dores diminuíram. Ele terminou morrendo, mas pelo menos
aliviei seu sofrimento",
conta.
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