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No Brasil, posição também é desaprovada
No Brasil, a contra-indicação ao sono de
bruços para bebês baseada no risco de morte
súbita é igualmente proferida pelos médicos.
E, embora não exista nenhuma recomendação oficialmente defendida pelo Ministério da
Saúde, o posicionamento dos pediatras é reproduzido como orientação aos pais, de acordo com informações desse ministério.
"Trata-se de um consenso internacional. A
comprovação de que o sono em decúbito ventral é mais arriscada é científica", afirma o pediatra Clóvis Francisco Constantino, membro
do Conselho Federal de Medicina.
O especialista diz que, entre os médicos brasileiros, a recomendação mais usada é que o
bebê durma em decúbito lateral, ou seja, de lado. "Quanto menos idade tiver a criança, mais
essa posição é recomendada. Deitada em decúbito dorsal [de costas], ela está sujeita ao risco de outro acidente, que é vomitar e aspirar o
vômito", esclarece.
Sobre a escolha voluntária dos pais norte-americanos de driblar a recomendação médica e voltar a pôr os filhos para dormir de bruços, Constantino enfatiza que é uma opção perigosa. "Esses pais estão submetendo seus filhos a um risco", diz.
Ele explica que um bebê não pode permanecer de barriga para baixo por muito tempo
sem supervisão. "Tem de ter alguém do lado
constantemente", ensina. "É o caso de pôr o
bebê nessa posição para uma massagem nas
costas, por exemplo. Já deixá-lo dormindo no
berço de bruços e ir embora do cômodo não é
recomendado", conclui.
(TATIANA DINIZ)
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