Quando se fala em doença bucal, o câncer vem à tona. "Os casos de câncer de boca estão entre os três mais tratados", afirma Luciano Dib, diretor do Departamento de Estomatologia do Hospital do Câncer - A.C. Camargo.
Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer, a previsão para este ano é de 8.282 casos novos de câncer bucal entre homens, com 2.471 mortes. Entre as mulheres, a previsão é de 2.608 casos novos, com 606 mortes.
"Se diagnosticada em fases iniciais, a doença é de fácil tratamento e curável", salienta Dib.
As causas do câncer bucal ainda não são totalmente conhecidas, mas a predisposição genética é um fator considerável. Como ela é maior entre os homens, assim como o consumo de fumo e álcool, que são os principais fatores de risco, afirma Dib, os casos de câncer bucal são mais frequentes entre o sexo masculino.
A prevenção, que evita os fatores de risco e promove a higiene bucal, pode ser feita pelo auto-exame. "Diante do espelho e com uma boa iluminação, a pessoa deve verificar se há alguma alteração, como pequenas feridas, mudança na cor da pele e mucosas (manchas brancas e avermelhadas), caroços, nódulos ou sangramento sem causa, e visitar o dentista regularmente", orienta Dib.
"Metade dos casos de câncer é devido à demora do paciente em procurar o sistema de saúde, e a outra pela má preparação dos profissionais em formular um diagnóstico precoce", diz Jacob Kligerman, diretor-geral do Instituto Nacional do Câncer.


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