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Plano diretor

FIQUE POR DENTRO
O Plano Diretor Estratégico estabeleceu, em 2002, diretrizes para a organização e o desenvolvimento da cidade. Caberá à Câmara discutir um novo texto no próximo ano

Bonduki - Aquilo [O Plano Diretor] que foi proposto em 2002, que estava bastante adequado para aquele período, precisa ser revisitado nesse novo projeto que eu espero poder debater.
O Plano Diretor tem que ter objetivos e diretrizes e tem que ter uma etapa de implementação, com projetos, obras e leis complementares.
Existe no Plano Diretor a previsão de uma lei de regularização de edificações e de loteamentos que foi aprovada na gestão em que eu era vereador, mas que não foi implementada. É fundamental que haja um desdobramento.

Jatene - O capítulo social do Plano Diretor tem que ser discutido à exaustão. Colocamos no Plano Diretor de 2002 o zoneamento hospitalar. A região central tem quase 50 leitos para cada mil habitantes. E conforme a gente vai indo para a periferia da cidade nós chegamos a ter meio leito para cada mil habitantes e em algumas regiões zero leito para cada mil habitantes.
Não adianta a gente restringir a discussão do Plano Diretor. As pessoas não podem mais ficar dez meses para marcar um exame e seis, oito meses para marcar uma consulta.

Luiza - O Plano Diretor tem que fazer um apanhado geral das carências de cada região e estabelecer que não precisa mais construir hospital no centro, mas [que] é preciso direcionar a construção para várias regiões da cidade onde não existe nenhum.
Temos uma grande oportunidade de organizar melhor socialmente a cidade e elaborar um Plano Diretor que realmente direcione o desenvolvimento e o atendimento das populações, seja pela iniciativa privada seja pela iniciativa pública, mas que atenda a periferia assim como atende o centro.

Police - O Plano Diretor vai ter que anunciar qual plano de desenvolvimento vai ser levado para essas regiões [da periferia]. Se não tivermos incentivos urbanísticos para aproveitar mais o pouco de área que sobrou na cidade dificilmente vamos poder concentrá-la em diversos polos. Chegou à exaustão o modelo de bairros-dormitório.
Para inverter isso você inicia um processo de aproveitamento sério nas áreas que ainda estão na periferia, faz geração de empregos e aí, sim, dá incentivo urbanístico para voltar a haver emprego nas indústrias.

Matarazzo - É uma das coisas que me motivaram a me candidatar. Vai estar dentro do Plano Diretor a questão da regularização de tantas áreas, como 80% da zona sul, áreas do Brás e de Cidade Tiradentes, onde o pessoal quer fazer um shopping e não pode porque pelo zoneamento é região para exploração agrícola e mineral.
Você tem metade da cidade absolutamente irregular. Você não vai conseguir fazer nada nela, pelo Plano Diretor etc., enquanto não resolver esse problema, que há anos é pendente. Você não vai desenvolver as regiões enquanto não regularizá-las.

Young - A revisão do Plano Diretor, que deveria ter sido feita em 2007, não foi feita. Então, de duas uma: ou esse Plano é completamente inadequado ou não há interesse para que ele seja aprovado.
Nós planejamos essa cidade subordinada aos interesses dos automóveis e da construção civil. As operações urbanas só ocorrem no centro expandido. Temos que ter uma outra visão e enfrentar esses interesses [dos automóveis e da construção civil] em nome dos interesses da descentralização, do acolhimento e de uma cidade menos desigual.

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