São Paulo, sexta-feira, 01 de outubro de 2004

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ORÇAMENTO

Prefeita e candidata à reeleição prioriza na proposta orçamentária uma de suas principais plataformas de campanha

Marta separa R$ 95 mi para CEU-Saúde em 2005

FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL

Na proposta de Orçamento para 2005, enviada ontem à Câmara Municipal de São Paulo, a prefeita Marta Suplicy (PT) separou R$ 95 milhões para a construção das dez unidades do CEU-Saúde, uma de suas principais plataformas na campanha de reeleição.
Pelo projeto apresentado no final de agosto, essas clínicas oferecerão consultas de especialidades, como cardiologia, e exames. Para administrá-las, a intenção é fazer convênios como os realizados para a administração do Programa Saúde da Família em São Paulo.
Segundo a Secretaria Municipal das Finanças, a proposta de orçamento para 2005 foi elaborada de maneira a manter as prioridades da administração Marta Suplicy, destinando a maior parte das receitas para as áreas sociais.
Ainda na saúde a previsão é encerrar o próximo ano gastando 17% da receita de impostos nesta área, acima do limite mínimo constitucional de 15%.
Os R$ 2,8 bilhões previstos na proposta orçamentária permitiriam, além da construção de dez CEUs da saúde, investimentos de R$ 93 milhões nos hospitais municipais de M" Boi Mirim e Tiradentes (que tiveram parte de suas verbas congeladas neste ano), a construção de sete novas unidades básicas de saúde e a ampliação de 150 outras unidades.
O candidato tucano José Serra, que divide a liderança das pesquisas com a petista, tem criticado a projeto. No mês passado afirmou que o CEU-Saúde é "uma idéia puramente eleitoral".
Na proposta encaminhada à Câmara Municipal, a gestão Marta prevê uma arrecadação de R$ 15,2 bilhões. Neste ano é de 13,7 bilhões, em valores atualizados.
Ao enumerar suas previsões macroeconômicas para 2005, a Prefeitura de São Paulo diz esperar uma retomada do crescimento econômico. E estima um aumento de 4% do PIB (Produto Interno Bruto), uma inflação de 5,5% e uma taxa de juros nominal de 14,25% ao ano.
Na audiência pública realizada ontem na Câmara, onde foi apresentado o balanço fiscal dos primeiros oito meses deste ano na cidade e se discutiu o congelamento de verbas, nenhum assessor dos candidatos que disputam a prefeitura esteve presente.


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