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ORÇAMENTO
Prefeita e candidata à reeleição prioriza na proposta orçamentária uma de suas principais plataformas de campanha
Marta separa R$ 95 mi para CEU-Saúde em 2005
FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL
Na proposta de Orçamento para
2005, enviada ontem à Câmara
Municipal de São Paulo, a prefeita
Marta Suplicy (PT) separou R$ 95
milhões para a construção das dez
unidades do CEU-Saúde, uma de
suas principais plataformas na
campanha de reeleição.
Pelo projeto apresentado no final de agosto, essas clínicas oferecerão consultas de especialidades,
como cardiologia, e exames. Para
administrá-las, a intenção é fazer
convênios como os realizados para a administração do Programa
Saúde da Família em São Paulo.
Segundo a Secretaria Municipal
das Finanças, a proposta de orçamento para 2005 foi elaborada de
maneira a manter as prioridades
da administração Marta Suplicy,
destinando a maior parte das receitas para as áreas sociais.
Ainda na saúde a previsão é encerrar o próximo ano gastando
17% da receita de impostos nesta
área, acima do limite mínimo
constitucional de 15%.
Os R$ 2,8 bilhões previstos na
proposta orçamentária permitiriam, além da construção de dez
CEUs da saúde, investimentos de
R$ 93 milhões nos hospitais municipais de M" Boi Mirim e Tiradentes (que tiveram parte de suas
verbas congeladas neste ano), a
construção de sete novas unidades básicas de saúde e a ampliação de 150 outras unidades.
O candidato tucano José Serra,
que divide a liderança das pesquisas com a petista, tem criticado a
projeto. No mês passado afirmou
que o CEU-Saúde é "uma idéia
puramente eleitoral".
Na proposta encaminhada à Câmara Municipal, a gestão Marta
prevê uma arrecadação de R$ 15,2
bilhões. Neste ano é de 13,7 bilhões, em valores atualizados.
Ao enumerar suas previsões
macroeconômicas para 2005, a
Prefeitura de São Paulo diz esperar uma retomada do crescimento econômico. E estima um aumento de 4% do PIB (Produto Interno Bruto), uma inflação de
5,5% e uma taxa de juros nominal
de 14,25% ao ano.
Na audiência pública realizada
ontem na Câmara, onde foi apresentado o balanço fiscal dos primeiros oito meses deste ano na cidade e se discutiu o congelamento
de verbas, nenhum assessor dos
candidatos que disputam a prefeitura esteve presente.
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