São Paulo, Domingo, 02 de Maio de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

METODOLOGIA

Entenda como foi realizada a classificação

da Reportagem Local

O estudo "Caracterização e Tendências da Rede Urbana do Brasil", coordenado pelo Ipea, identificou 111 centros urbanos que estruturam a teia municipal do país.
A importância desses 111 centros urbanos pode ser medida pelo peso que têm na população. Eles são apenas 2% dos municípios brasileiros, mas, juntos, somavam 88 milhões de habitantes em 1996, ou 55% do total do país.
Sua influência não pára por aí. Os centros urbanos funcionam como os nós da rede. Eles polarizam os fluxos de bens, pessoas e serviços entre as cidades brasileiras e suas respectivas áreas rurais.
O estudo classificou essas cidades em quatro grupos, segundo sua importância. No comando da rede estão 13 metrópoles, que podem ter três níveis de influência: global (como São Paulo e Rio de Janeiro), nacional (como Salvador) ou regional (como Campinas).
Aparecem a seguir, na hierarquia da rede urbana, 16 centros nacionais, 31 centros sub-regionais de nível um e 51 centros de nível dois (veja os respectivos ícones nos mapas ao lado).
Essa classificação segue uma série de critérios, como diversidade da economia, concentração de centros decisórios e escala de urbanização, por exemplo. Quanto mais sedes de grande empresas possui um município, por exemplo, mais alta é a sua posição na hierarquia urbana.
Vetores do crescimento, esses 111 centros influenciam a distribuição dos municípios pelo território nacional e sua evolução.
Geograficamente, a rede urbana tem três estruturas diferentes: Centro-Sul, Nordeste e Centro-Norte. Cada estrutura se diferencia pelo nível de adensamento da rede de cidades e pelo grau de complementaridade entre os núcleos urbanos que a compõem.
Dentro das três estruturas há 12 sistemas urbanos regionais (os traços de cores diferentes nos mapas).Eles delimitam as áreas de influência das cidades que o encabeçam, como Curitiba e Recife.
Isso significa que as cidades dentro de cada sistema vão buscar bens e serviços no município central. Assim, por exemplo, São Paulo atende 18% dos serviços de educação e 21% dos serviços de saúde que os demais municípios brasileiros vão buscar junto às metrópoles do país. (JRT)



Texto Anterior: Economista vive de mala na mão
Próximo Texto: São Paulo: Influência cresce, mas cidade pára
Índice



Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Universo Online ou do detentor do copyright.