São Paulo, sexta, 2 de outubro de 1998

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Maria volta a assombrar

da Reportagem Local

Maria Martins (1894-1973) é uma espécie de alma penada da arte brasileira. Sempre que o Brasil decide olhar para o Brasil, como nesta Bienal, suas obras voltam a assombrar. A questão é: por que a esqueceram?
Maria (1894-1973) foi a única brasileira a integrar o grupo surrealista, nos anos 40. Foi amiga de Breton, de Ernst e amante de Marcel Duchamp.
Maria encantava a todos com uma obra que mesclava o onírico do surrealismo com formas que remetiam à arte indígena ou pré-colombiana. Fazia uma espécie de surrealismo amazônico, envolto por sexo e violência.
Talvez decorra daí o ostracismo. Para os padrões bem-comportados da arte nacional, Maria incomoda. Seus falos, vaginas dentadas e corpos despedaçados ainda espantam. (MCC)

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