São Paulo, sexta, 2 de outubro de 1998 |
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O belga Honoré d'O, canibal do cotidiano, tomou para si centenas de objetos adquiridos em São Paulo para fazer a instalação "Carrossel Eterno": sacos plásticos usados em supermercado, brinquedos de plástico, lixeiras e camisas, além de uma infinidade de bugigangas. O catálogo de miudezas construído por Honoré pede um olhar perscrutador, que tenha a paciência necessária para descobrir o trabalho de artesão praticado pelo artista. As transformações operadas são meticulosas, fazendo com que as peças percam a função anterior -como os sacos plásticos transparentes, que cheios e pintados, viram peças decorativas. Numa espécie de ímpeto classificatório que lembra a urgência do artista esquizofrênico-paranóico Arthur Bispo do Rosário, Honoré só parou de acumular objetos à instalação quando chegou o dia de inaugurar a Bienal. Visite o site oficial da XXIV Bienal de São Paulo Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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