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Eleições 2006 - Presidência
Alckmin tem mais apoios entre os eleitos
Candidato tucano à Presidência deve receber o apoio de 14 primeiros colocados das eleições para governador, e Lula, de 13
Os que estão do lado de
Alckmin e encabeçaram
pleito regional representam
62% dos eleitores, contra
32% do atual presidente
FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo
Alckmin, sai na frente do petista Luiz Inácio Lula da Silva
quando são contabilizados os
apoios que deve receber dos
primeiros colocados nas 27
eleições de governadores.
O tucano tem apoio de 14 primeiros colocados nas disputas
estaduais de domingo, contra
13 apoios de Lula. A diferença é
que os que estão do lado do
PSDB representam 62% dos
eleitores nos Estados, pois são
localidades mais populosas.
O presidente Lula tem o
apoio de governadores ou de
candidatos a governos estaduais que terminaram o primeiro turno na frente em 13
Estados, mas que reúnem só
38% dos eleitores brasileiros.
Partido com maior número
possível de governadores eleitos quando o atual processo estiver encerrado, o PMDB não
deve fazer uma declaração de
apoio formal a Lula nem a Alckmin. O partido se dividiu no
primeiro turno e essa deve continuar a ser a regra também
agora.
"A tendência é que todos
mantenham as suas posições já
assumidas no primeiro turno",
diz o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que
apoiou Lula no primeiro turno
-embora localmente, em Alagoas, tenha ficado com o tucano
Teo Vilela, que foi eleito governador. "O Teo deve apoiar o Geraldo Alckmin, e eu continuarei
a apoiar o presidente Lula", declara Renan.
O mapa do Brasil com as vitórias de Lula e de Alckmin em
cada Estado no primeiro turno
é um pouco diferente do mapa
com os apoios de governadores
eleitos e de primeiros colocados nas disputas locais.
O Brasil ficou dividido quase
entre Norte e Sul quando se
comparam as votações de Lula
e de Alckmin. A situação fica diferente se são considerados os
primeiros colocados nas disputas estaduais -e que agora vão
para o segundo turno- no Pará, na Paraíba e em Pernambuco. São três Estados que abrigam, juntos, 10% do eleitorado
nacional.
No Pará, o tucano Almir Gabriel teve 43,8% dos votos, contra 37,5% da petista Ana Júlia
Carepa. Como Lula é muito forte localmente (o petista registrou 51,8% entre os eleitores
paraenses), Gabriel teve alguma dificuldade para ajudar
Alckmin no primeiro turno.
Agora, o confronto fica mais fácil, até porque terá também
contra si uma candidata do PT
no dia 29.
Uma situação semelhante
ocorre em Pernambuco, Estado no qual Lula teve 71%. O
candidato à reeleição, Mendonça Filho (PFL), terminou
em primeiro lugar, com 40%
dos votos, mas ficou numa situação delicada para apoiar o
presidenciável tucano. Agora,
como seu adversário no segundo turno, Eduardo Campos
(PSB), estará com PT, a situação fica mais clara.
Sul e Sudeste
Lula, do seu lado, terá alguns
apoios a serem conquistados
no Sul e no Sudeste. No Rio de
Janeiro, a expectativa é que
Sérgio Cabral (PMDB) apóie o
PT, pois a sua adversária, Denise Frossard (PPS) ficará com
Alckmin.
Um apoio antes quase apenas
tácito deve vir agora mais aberto para Lula em Santa Catarina.
Trata-se do candidato do PP,
Esperidião Amin, que disputa o
segundo turno contra Luiz
Henrique (PMDB). Como o
PMDB catarinense fechou com
o PSDB, restou a Amin alinhar-se com Lula e o PT.
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