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Bandeirantes, 2º melhor, expulsa reprovados
Alunos são classificados e divididos em turmas de acordo com a área; é usado ainda o critério do desempenho acadêmico
Segundo a escola, formação de turmas homogêneas com base nas competências e no resultado de notas ajuda no processo educacional
TALITA BEDINELLI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
É semana de provas no Colégio Bandeirantes (na zona sul
de São Paulo). Entre um teste e
outro, as bibliotecas ficam lotadas e os rostos dos alunos se escondem atrás de laptops -que
são da escola e podem ser emprestados para o uso no local.
"É lotado assim todos os dias,
não apenas nas vésperas das
provas", diz o coordenador cultural do Bandeirantes, Emerson Bento Pereira. A escola ficou em segundo lugar entre as
melhores da capital paulista.
Nas prateleiras da biblioteca,
estão disponíveis para os alunos mais de 28 mil exemplares
de livros e enciclopédias, além
de 64 títulos de revistas nacionais, 26 de estrangeiras e 18 dos
principais jornais do mundo.
"O colégio tem um padrão
acadêmico bastante puxado",
define o diretor-presidente da
escola, Mauro de Salles.
Puxado, na concepção do
Bandeirantes, implica uma fórmula educacional que expulsa
os reprovados e estimula a concorrência entre os alunos.
Quem não passa em mais de
três disciplinas tem de estudar
em outro lugar.
Além disso, os alunos são
classificados e divididos em
turmas de acordo com a área
-humanas, exatas ou biológicas. As turmas são ainda compostas conforme o rendimento
dos alunos. A classificação é refeita todos os anos, conforme as
notas finais dos alunos.
Os bons ficam na turma A. Os
medianos vão para a B, e os fracos, para a C.
Para o Bandeirantes, a homogeneização das turmas segundo suas competências e desempenho em notas ajuda no
processo educacional. Com isso, o professor não precisa atrasar o desenvolvimento dos
mais avançados para tirar dúvidas, às vezes básicas, dos mais
atrasados. A escola diz também
que isso permite que o professor possa dar um atendimento
melhor aos que estão enfrentando dificuldades, dando mais
atenção às explicações.
Para a direção, o segredo do
sucesso está no investimento
feito nos educadores. O professor de matemática Irineu Franco Júnior concorda. Ele iniciou
um mestrado na Escola Politécnica da USP em 2000, teve
que trancar o curso por falta de
recursos e voltará em breve aos
estudos com ajuda do colégio.
Receberá um computador e auxílio para a compra de livros.
Dos 143 professores da escola, 12 fazem mestrado, 28 são
mestres e dez, doutores. Além
disso, 60% deles lecionam há
mais de dez anos no local. Recebem salários que vão de R$ 44 a
R$ 60 por hora de aula dada.
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