São Paulo, quarta-feira, 04 de outubro de 2006

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Broodthaers

Artista ganhou espaço especial e curadoria distinta

DA REPORTAGEM LOCAL

A 27ª Bienal apresenta um dos mais importantes artistas conceituais, o belga Marcel Broodthaers (1924-1976) como referência para a produção atual. Além de ter sido tema do primeiro seminário da Bienal, "Marcel, 30", realizado em janeiro passado, coincidindo com os 30 anos de sua morte, o belga é o único na mostra a ter um espaço distinto.
Apelidada de Praça Broodthaers, a área ocupa dois pisos, parte no segundo andar, onde se localizam oito artistas contemporâneos que dialogam com a temática de Broodthaers e, no terceiro andar, um conjunto significativo de trabalhos do próprio artista. Ambos os locais têm o piso elevado com revestimento de madeira e são ligados por uma escada rolante.
"De Broodthaers apresentamos uma série de trabalhos que pensam a idéia de museu, já que ele escolheu o caminho da crítica dentro da linguagem institucional", afirma Jochen Volz, curador-convidado, que se responsabilizou pela seção do artista belga, o que inclui os oito contemporâneos.
Duas obras que abordam essa temática são "Museu de Arte Moderna à venda por motivo de falência" e "A assinatura". O primeiro, um pôster, mostra a ambivalência entre conceitos de espaço público e privado e de produção e recepção da arte. O segundo, uma obra composta por 153 assinaturas do artista, aborda o fetichismo pelo original no processo criativo.

Obras contemporâneas
A crítica a partir de modelos institucionais é o que apresenta o tailandês Rirkrit Tiravanija, um dos oito artistas da Praça Broodthaers, com "Projeto Palmeira", réplica da Casa Tropical, criada em 1949, pelo francês Jean Prouve (1901-1984).
A poética da linguagem é tema da brasileira Marilá Dardot, que, em 13 monitores, apresenta palavras construídas a partir de jogos de dados, metáfora sobre o acaso na construção de relacionamentos.
Participam ainda do espaço a brasileira Mabe Bethônico, a polonesa Goshka Macuga, a inglesa Tacita Dean, a coreana Haegue Yang, o venezuelano Juan Araujo e o africano de Benin, Meschac Gaba. (FCY)


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