São Paulo, quinta-feira, 06 de março de 2003 |
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...E ENTENDA A FIA Para Mosley, F-1 deve voltar ao estágio de 1996
Para o Mundial que começa hoje à noite, a McLaren investiu US$ 24 mi em recursos eletrônicos, como os controles de tração e de largada Nem Michael Schumacher nem Juan Pablo Montoya. O grande protagonista da pré-temporada foi Max Mosley, presidente da FIA. Criticado nos últimos anos por medidas impopulares, como a invenção dos sulcos nos pneus e a mediocrização dos circuitos, desta vez o inglês agradou com o discurso de resgate dos valores. Um batalha que pode até não dar em nada. Na história da categoria, outras mudanças radicais não conseguiram aproximar os pilotos mais lentos dos mais rápidos. Em entrevista à Folha, concedida por fax, no turbilhão da polêmica com McLaren e Williams, Mosley falou sobre sua esperança de atrair novos times para a categoria e negou que seu objetivo seja combater a eficiência massacrante da Ferrari nos últimos anos. Segundo ele, em termos de potência e giros do motor, a F-1 deve voltar ao estágio de 1996. Folha - A F-1 terá apenas dez
equipes em 2003. Há menos de 15
anos, em 1989, 20 times corriam.
Um dos objetivos do corte de custos
é atrair participantes para o Mundial. Quando isso vai acontecer? Folha - A idéia, para 2006, de adotar um motor que dure seis corridas
não vai contra uma das missões originais da F-1, a de trabalhar sempre
com o máximo de tecnologia, buscando o limite da performance? Folha - Um motor tão resistente
não ficaria devendo em potência?
Alguns propulsores da F-1 atual estão próximos dos 900 cavalos. Folha - Muita gente afirma que
essa busca pelo equilíbrio funciona
como uma punição ao trabalho duro da Ferrari nos últimos anos... Folha - Pessoalmente, como o senhor reagiu às críticas feitas por
Williams e McLaren? |