|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Geração de resultados
Edição do Pan-Americano no Rio de Janeiro cria pressão inédita por medalhas, multiplica assédio da mídia e da torcida e mexe com os nervos dos atletas da delegação brasileira
ADALBERTO LEISTER FILHO
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
O patrocinador quer
aparecer, a família
comprou passagem para ver o torneio, o porteiro
cobra o ouro todos os dias.
Disputar o Pan no Rio se
transformou em uma avalanche de pressões para os brasileiros. Até os mais experientes
admitem que será complicado
lidar com o inédito assédio.
"Todos só falam em Pan. Estou me preparando para ficar o
mais calmo possível. Não focarei na medalha e sim em buscar
jogar da melhor forma", afirma
o mesa-tenista Hugo Hoyama,
38, que pode se tornar o brasileiro com mais ouros em Pans
-tem oito, como o ex-nadador
Gustavo Borges.
A estratégia, segundo especialistas, está correta. Buscar
superações pessoais, mesmo
que não signifiquem pódio, e
ter prazer no trabalho são dicas
para amenizar as pressões.
"Se o atleta tem uma auto-avaliação negativa do treinamento, pode "amarelar". Para
evitar isso, tem de aprender a
encarar o nervosismo da competição como algo corriqueiro", diz Renato Miranda, professor da Universidade Federal
de Juiz de Fora (MG).
Paula Pequeno, do vôlei, divide-se entre dois sentimentos.
O torneio será sua estréia em
Pans. Por outro lado, ajuda as
novatas a segurarem a ansiedade no favorito time de vôlei.
"Acho que a pressão vai ser
favorável. Mas temos de saber
lidar com ela", diz a ponta, 25.
Fernando Saraiva, 17, vive
outro extremo. Em seu primeiro Pan, só procura conhecimento. "Vai ser o campeonato
de maior magnitude de que eu
já participei. Meu objetivo é ganhar experiência e conhecer os
melhores da América para disputar um lugar no pódio no
próximo Pan", afirma o pesista.
Texto Anterior: Santo Domingo - 2003 Próximo Texto: Remédio caseiro Índice
|