São Paulo, terça-feira, 10 de julho de 2007

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Geração de resultados

Edição do Pan-Americano no Rio de Janeiro cria pressão inédita por medalhas, multiplica assédio da mídia e da torcida e mexe com os nervos dos atletas da delegação brasileira

ADALBERTO LEISTER FILHO
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

O patrocinador quer aparecer, a família comprou passagem para ver o torneio, o porteiro cobra o ouro todos os dias.
Disputar o Pan no Rio se transformou em uma avalanche de pressões para os brasileiros. Até os mais experientes admitem que será complicado lidar com o inédito assédio.
"Todos só falam em Pan. Estou me preparando para ficar o mais calmo possível. Não focarei na medalha e sim em buscar jogar da melhor forma", afirma o mesa-tenista Hugo Hoyama, 38, que pode se tornar o brasileiro com mais ouros em Pans -tem oito, como o ex-nadador Gustavo Borges.
A estratégia, segundo especialistas, está correta. Buscar superações pessoais, mesmo que não signifiquem pódio, e ter prazer no trabalho são dicas para amenizar as pressões.
"Se o atleta tem uma auto-avaliação negativa do treinamento, pode "amarelar". Para evitar isso, tem de aprender a encarar o nervosismo da competição como algo corriqueiro", diz Renato Miranda, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG).
Paula Pequeno, do vôlei, divide-se entre dois sentimentos. O torneio será sua estréia em Pans. Por outro lado, ajuda as novatas a segurarem a ansiedade no favorito time de vôlei.
"Acho que a pressão vai ser favorável. Mas temos de saber lidar com ela", diz a ponta, 25.
Fernando Saraiva, 17, vive outro extremo. Em seu primeiro Pan, só procura conhecimento. "Vai ser o campeonato de maior magnitude de que eu já participei. Meu objetivo é ganhar experiência e conhecer os melhores da América para disputar um lugar no pódio no próximo Pan", afirma o pesista.


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