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BEM-ESTAR
Qualidade de vida aquece a indústria da saúde
Bruno Miranda/Folha Imagem
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Prática de rádio taissô, ginástica rítmica japonesa, no parque da Luz; desenvolver atividades para idosos é campo de trabalho |
Mercado busca quem ajude as pessoas física e mentalmente
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O estresse do cotidiano cresce e, na mesma proporção, aumenta também a preocupação
das pessoas com a qualidade de
vida. Com isso, as indústrias da
beleza e da saúde física e mental precisam de cada vez mais
profissionais.
No livro "The Wellness
Revolution - How to Make a
Fortune in the Next Trillion
Dollar Industry" (A revolução
do bem-estar - como fazer fortuna na próxima indústria de 1
trilhão de dólares, em tradução
livre), o economista americano
Paul Zane Pilzer estima que,
em 2010, nos Estados Unidos,
cheguem a US$ 1 trilhão os gastos com produtos e serviços
que ajudem a manter as pessoas saudáveis e as façam se
sentir melhores, diminuam a
velocidade dos efeitos da idade
e previnam doenças.
No Brasil, a área também deve aumentar consideravelmente nos próximos anos, mostram
as estatísticas. O setor de cosméticos, por exemplo, teve
crescimento médio de 10,7%
entre 2000 e 2005, segundo a
Abihpec (Associação Brasileira
da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos). As academias eram 4.000
em 1999. Hoje, são 7.000, diz
levantamento da Fitness Brasil, empresa que promove eventos relacionados à área e colhe
informações sobre o setor. O
número de cirurgias plásticas
subiu 20% ao ano entre 1994 e
2003. Pulou de 100 mil para
600 mil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia
Plástica.
Prevenção
Interessadas em diminuir os
custos com doenças crônicas,
como pressão alta e diabetes, as
empresas começam a investir
em programas de medicina
preventiva que tentam melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores.
"Por enquanto, só as grandes
companhias têm esse tipo de
preocupação. No futuro, isso
deve se expandir para as médias e pequenas empresas", diz
Alberto Ogata, 45, presidente
da ABQV (Associação Brasileira de Qualidade de Vida).
Um dos serviços que começam a ser oferecidos por empresas de assistência médica
coloca à disposição dos segurados uma equipe multidisciplinar de atendimento formada
por médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas,
fonoaudiólogos, professores de
educação física e terapeutas
ocupacionais.
Eles definem qual é o perfil
de cada paciente e fazem um
trabalho de acompanhamento
que inclui até a elaboração de
um cardápio e de uma série de
exercícios personalizados.
"Com a criação de programas
desse tipo, profissionais antes
desvalorizados pelo mercado
começam a ter mais espaço",
afirma Roberto Galfi, 44, diretor de prestadores e serviços
médicos da Sul América.
(FN)
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