São Paulo, domingo, 17 de setembro de 2006

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BEM-ESTAR

Qualidade de vida aquece a indústria da saúde

Bruno Miranda/Folha Imagem
Prática de rádio taissô, ginástica rítmica japonesa, no parque da Luz; desenvolver atividades para idosos é campo de trabalho


Mercado busca quem ajude as pessoas física e mentalmente

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O estresse do cotidiano cresce e, na mesma proporção, aumenta também a preocupação das pessoas com a qualidade de vida. Com isso, as indústrias da beleza e da saúde física e mental precisam de cada vez mais profissionais.
No livro "The Wellness Revolution - How to Make a Fortune in the Next Trillion Dollar Industry" (A revolução do bem-estar - como fazer fortuna na próxima indústria de 1 trilhão de dólares, em tradução livre), o economista americano Paul Zane Pilzer estima que, em 2010, nos Estados Unidos, cheguem a US$ 1 trilhão os gastos com produtos e serviços que ajudem a manter as pessoas saudáveis e as façam se sentir melhores, diminuam a velocidade dos efeitos da idade e previnam doenças.
No Brasil, a área também deve aumentar consideravelmente nos próximos anos, mostram as estatísticas. O setor de cosméticos, por exemplo, teve crescimento médio de 10,7% entre 2000 e 2005, segundo a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos). As academias eram 4.000 em 1999. Hoje, são 7.000, diz levantamento da Fitness Brasil, empresa que promove eventos relacionados à área e colhe informações sobre o setor. O número de cirurgias plásticas subiu 20% ao ano entre 1994 e 2003. Pulou de 100 mil para 600 mil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Prevenção
Interessadas em diminuir os custos com doenças crônicas, como pressão alta e diabetes, as empresas começam a investir em programas de medicina preventiva que tentam melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores.
"Por enquanto, só as grandes companhias têm esse tipo de preocupação. No futuro, isso deve se expandir para as médias e pequenas empresas", diz Alberto Ogata, 45, presidente da ABQV (Associação Brasileira de Qualidade de Vida).
Um dos serviços que começam a ser oferecidos por empresas de assistência médica coloca à disposição dos segurados uma equipe multidisciplinar de atendimento formada por médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos, professores de educação física e terapeutas ocupacionais.
Eles definem qual é o perfil de cada paciente e fazem um trabalho de acompanhamento que inclui até a elaboração de um cardápio e de uma série de exercícios personalizados.
"Com a criação de programas desse tipo, profissionais antes desvalorizados pelo mercado começam a ter mais espaço", afirma Roberto Galfi, 44, diretor de prestadores e serviços médicos da Sul América. (FN)


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