São Paulo, domingo, 17 de setembro de 2006

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Profissional cuida do elo homem/meio

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Nem só de soltar passarinhos e de caminhar no bosque vive um gestor ambiental, faz o alerta Daniel Martins, 27, para quem pretende seguir sua profissão. Formado em biologia há dois anos, ele trabalha num condomínio em Cotia (Grande SP), onde divide o tempo entre pássaros apreendidos pela polícia ambiental e questões relativas à relação do homem com o ambiente.
O condomínio teve de adotar uma série de ações de recuperação ambiental depois que seus primeiros empreendedores sofreram uma ação pública por terem ocupado o terreno de forma irregular.
Contratado para fiscalizar obras e elaborar projetos de gestão ambiental, Martins viu uma nova utilidade para o residencial situado no meio da mata. Transformou o local numa área de soltura de pássaros capturados para contrabando e depois resgatados pela polícia ambiental.
"O ser humano é o pior bicho que a gente tem para mexer", brinca Martins que, no dia-a-dia, tem de contrariar interesses para zelar pela natureza. Conta, por exemplo, que alguns terrenos situadas às margens de um lago que haviam sido comprados na primeira gestão, hoje, foram enquadrados na lei ambiental que impede a construção de casas.
"Nesse caso, a gente teve que bater de frente com alguns empreendedores", conta Martins. Ele afirma que, apesar das dificuldades, não pretende deixar de lidar com o ser humano para se dedicar apenas ao ambiente. "Não há como separar o homem da natureza quando se pensa em preservação ambiental", afirma. (TC)


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