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ENERGIA
Setor é imprescindível para crescimento econômico
Petróleo, eletricidade e gás natural são alguns dos campos mais promissores no Brasil
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
De um lado, televisores, geladeiras, microondas, computadores, aparelhos de DVD e outras bugigangas eletroeletrônicas cada vez mais acessíveis. De
outro, a expansão das cidades e
a necessidade de novos e mais
eficientes meios de transporte.
Não é à toa que a demanda por
profissionais na área de energia
se torna cada vez maior.
São pessoas que trabalham
em usinas nucleares, plataformas de petróleo, gasodutos, estações de transmissão e usinas
hidroelétricas. Também gerenciam e supervisionam projetos
e podem auxiliar na venda de
equipamentos. Há ainda os que
trabalham em laboratórios e
em campos de testes, desenvolvendo novas energias, mais baratas e menos poluentes.
"Energia é infra-estrutura, e
só se tem crescimento se houver infra-estrutura", diz Yara
Maria Botti Oliveira, coordenadora do curso de engenharia
elétrica do Mackenzie. Então o
crescimento da oferta de energia tem de ser pelo menos igual
ao da economia nacional.
De acordo com a Aneel
(Agencia Nacional de Energia
Elétrica), o setor cresce 4,5% ao
ano e, para que esse crescimento se sustente, será necessário o
investimento de R$ 6 bilhões a
7 bilhões por ano a médio prazo. Também será necessário
aumentar a quantidade de profissionais especializados, que,
de acordo com Oliveira, podem
não ser suficientes para preencher todas as vagas futuras.
Segundo ela, a crise de energia que afetou o país entre 2001
e 2002 serviu para deixar a área
em alerta, mas a reação pode
não ter sido suficiente. "Hoje
há uma preocupação de que a
demanda do setor seja maior do
que a oferta de profissionais."
Além de afetar o futuro econômico do país, a falta de engenheiros eletricistas pode acabar afetando também a preservação do ambiente. Isso porque
a maioria das energias renováveis, apesar de serem geradas a
partir de diversas fontes, acabam sendo transformadas em
eletricidade antes de chegar ao
consumidor final. A energia gerada a partir da água, do sol e do
vento tem de ser convertida em
eletricidade para, só então, ser
armazenada ou distribuída. Até
o carro movido a hidrogênio
usa um motor elétrico.
Quem pretende atuar na área
de exploração de gás natural,
petróleo e seus derivados também deve encontrar facilidades
no mercado. De acordo com a
ANP (Agência Nacional do Petróleo), entre 2000 e 2005, a
produção nacional de petróleo
e gás natural cresceu cerca de
30% e, em maio deste ano, o
país alcançou a auto-suficiência petrolífera.
Para o coordenador do curso
de tecnologia em processamento de petróleo e gás natural
da Universidade Gama Filho,
Sérgio Paulo de Melo Bendelá,
60, o fantasma da escassez do
combustível não faz parte da
realidade brasileira. Segundo
ele, as reservas nacionais são
suficientes para empregar
mão-de-obra qualificada ao
menos pelos próximos 20 anos
e, assim como no caso da eletricidade, existem vagas. "Hoje,
há um grande número de profissionais estrangeiros trabalhando no Brasil, porque nós
somos carentes de mão-de-obra especializada."
(TC)
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