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Estudante deve ter um cargo gerencial
Ideal é fazer especialização 3,6 anos após graduação, afirmam profissionais entrevistados pelo Datafolha
ADRIANA ABREU
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Apesar de se matricularem
no MBA em média oito anos
após concluírem a graduação, os entrevistados pelo
Datafolha afirmam que o
ideal é esperar só 3,6 anos.
A maioria (83%) acredita
que é melhor fazer o curso
em até cinco anos. Os mais
novos são os mais afobados:
para 63%, o ideal é se matricular em até três anos.
Já os especialistas recomendam ficar no meio-termo. "Além de ter no mínimo
cinco anos de experiência, o
profissional já deve estar
ocupando uma posição gerencial", analisa Armando
Dal Colletto, secretário-executivo da Anamba (Associação Nacional de MBA).
James Wright, 69, diretor
acadêmico da FIA (Fundação
Instituto de Administração),
valoriza a vivência. "O curso
se torna mais útil e é mais
bem aplicado", afirma.
Ele explica que as aulas
têm conteúdo prático, como
debates e estudos de casos,
que podem vir da experiência do aluno como gestor.
Essa, porém, nem sempre
é a regra. Iran Siqueira Lima,
66, presidente da Fipecafi
(Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e
Financeiras), afirma que ter
cinco anos de formado é um
tempo superior ao que o mercado exige de gerentes.
NOVATOS
Para ele, se a formação do
aluno na graduação foi mais
focada em negócios -economia ou administração de empresas-, ele conseguirá assimilar o conteúdo mesmo sem
ter experiência profissional.
"É importante mesclar alunos de diferentes níveis, pode ser bom desafio ter aulas
com colegas experientes."
Segundo o Datafolha, poucos fazem MBA em menos de
um ano após a formatura
(4%) -a idade média dos entrevistados é de 38 anos.
Essa foi a tática do economista Ricardo Khan, 37, que
concluiu a graduação em
2006 e partiu para o MBA
executivo no Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa).
"Não me senti prejudicado
por ser recém-formado. Já
atuava como empreendedor
desde os 18 anos, não quis
perder tempo. Tive oportunidade de fazer trabalhos em
grupo com presidentes de
grandes empresas", conta.
Paulo Mattos de Lemos,
67, superintendente da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas), crê que uma turma mais
madura discuta com mais
propriedade casos propostos
por professores. "O aluno deve contribuir com o grupo."
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