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NA TRILHA DE D. QUIXOTE 3
Uma série de encontros memoráveis
Pano rápido, e um "segundo autor" conta que, com certa dose de perseverança e enorme de sorte, conseguiu encontrar
a continuação da história de D. Quixote num manuscrito
em árabe, assinado por um tal Cide Hamete Benengeli. Providenciada a tradução do cartapácio, a fita volta a andar.
D. Quixote derrota seu sanhudo contendor, para grande admiração de Sancho Pança, e a dupla retoma a trilha aventureira, que será
pontuada por episódios memoráveis: o encontro com um grupo de
generosos cabreiros, que D. Quixote honrará com o célebre discurso
sobre a Idade Dourada, tão edificante quanto incompreensível para
os rústicos ouvintes; as pastelonas confusões com uma donzela abusada e um mouro encantado em outra estalagem-castelo, onde caberá a Sancho pagar a conta da hospedagem com um vertiginoso vexame; a luta de D. Quixote na batalha entre dois portentosos exércitos,
reduzidos a rebanhos de carneiros pelo famigerado bruxo; a tomada
do elmo de Mambrino, a olhos desavisados, uma reles bacia de barbeiro; além de outros tantos feitos de armas e palavras atravessados
de disparates e agudezas de vário feitio e quilate.
Coroando a série, a libertação de uma turma de prisioneiros a caminho das galés, que, ingratos, se negam a render homenagem à senhora Dulcinéia e sepultam cavaleiro, escudeiro e respectivas cavalgaduras sob uma chuva de pedradas.
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