São Paulo, terça-feira, 18 de setembro de 2001

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EUROPA

Paris teme que retaliação gere instabilidade

DA REDAÇÃO

O ministro da Defesa francês, Alain Richard, disse ontem que qualquer ofensiva norte-americana contra o Afeganistão em retaliação aos ataques suicidas da semana passada terá de ser seguida de ações para garantir da estabilidade da região. "Qualquer ataque a esse regime [Taleban" precisa ser acompanhado de uma estratégia que almeje reestabilizar essa zona e não adicione fatores de desestabilização", afirmou.
Hoje, o presidente francês Jaques Chirac discutirá a crise com o presidente dos EUA, George W. Bush, em Washington.
Na quinta, será a vez de o premiê britânico Tony Blair se reunir com Bush na cidade. Blair declarou que vai ficar "ombro a ombro" com o presidente após o atentado da terça-feira passada e anunciou que enviará tropas numa eventual incursão americana.
Ontem, Blair iniciou uma série de conversas com líderes de diversos países para formar uma coalização global contra o terrorismo. O general Pervez Musharraf, presidente do Paquistão, foi um deles. "Foi uma discussão boa e produtiva, e eles concordaram em manter contato", disse um porta-voz do primeiro-ministro.
Em relação à retaliação, o secretário das Relações Exteriores britânico, Jack Straw, disse que o país quer que as decisões sejam tomadas de uma maneira serena, calculada e inteligente.
Na Alemanha, o governo analisa uma possível participação de soldados do país nas ações militares dos EUA e pretende reforçar drasticamente as medidas de segurança internas.
A pedido de Schröder, os chefes de Estado e de governo dos países da União Européia marcaram para a próxima sexta-feira uma reunião extraordinária em Bruxelas para analisar o novo panorama mundial após os atentados.
A Itália anunciou que está pronta para ceder tropas e aviões para combater ao lado dos EUA.
O presidente russo, Vladimir Putin, telefonou para os presidentes do Azerbaijão, do Cazaquistão, do Quirguistão, do Tadjiquistão, do Turcomenistão e do Uzbequistão e discutiu "as mudanças na situação política internacional relacionadas aos eventos ocorridos nos EUA.
O Tadjiquistão disse que não permite o uso de seu país pelo Exército dos EUA.


Com agências internacionais


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