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EUROPA
Paris teme que retaliação gere instabilidade
DA REDAÇÃO
O ministro da Defesa francês,
Alain Richard, disse ontem que
qualquer ofensiva norte-americana contra o Afeganistão em retaliação aos ataques suicidas da semana passada terá de ser seguida
de ações para garantir da estabilidade da região. "Qualquer ataque
a esse regime [Taleban" precisa
ser acompanhado de uma estratégia que almeje reestabilizar essa
zona e não adicione fatores de desestabilização", afirmou.
Hoje, o presidente francês Jaques Chirac discutirá a crise com
o presidente dos EUA, George W.
Bush, em Washington.
Na quinta, será a vez de o premiê britânico Tony Blair se reunir
com Bush na cidade. Blair declarou que vai ficar "ombro a ombro" com o presidente após o
atentado da terça-feira passada e
anunciou que enviará tropas numa eventual incursão americana.
Ontem, Blair iniciou uma série
de conversas com líderes de diversos países para formar uma
coalização global contra o terrorismo. O general Pervez Musharraf, presidente do Paquistão, foi
um deles. "Foi uma discussão boa
e produtiva, e eles concordaram
em manter contato", disse um
porta-voz do primeiro-ministro.
Em relação à retaliação, o secretário das Relações Exteriores britânico, Jack Straw, disse que o
país quer que as decisões sejam
tomadas de uma maneira serena,
calculada e inteligente.
Na Alemanha, o governo analisa uma possível participação de
soldados do país nas ações militares dos EUA e pretende reforçar
drasticamente as medidas de segurança internas.
A pedido de Schröder, os chefes
de Estado e de governo dos países
da União Européia marcaram para a próxima sexta-feira uma reunião extraordinária em Bruxelas
para analisar o novo panorama
mundial após os atentados.
A Itália anunciou que está pronta para ceder tropas e aviões para
combater ao lado dos EUA.
O presidente russo, Vladimir
Putin, telefonou para os presidentes do Azerbaijão, do Cazaquistão, do Quirguistão, do Tadjiquistão, do Turcomenistão e do Uzbequistão e discutiu "as mudanças
na situação política internacional
relacionadas aos eventos ocorridos nos EUA.
O Tadjiquistão disse que não
permite o uso de seu país pelo
Exército dos EUA.
Com agências internacionais
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