São Paulo, terça-feira, 18 de setembro de 2001

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Advogado brasileiro é preso em NY

MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA

Um dos mais conceituados advogados do Brasil, Nelson Tabacow Felmanas, foi preso na noite de sábado em NY por uma brincadeira feita com policiais americanos no aeroporto da cidade.
A Folha apurou que Felmanas se preparava para embarcar num vôo que o levaria de Nova York a Londres. Ele ia visitar uma filha que mora na Inglaterra.
Como outros passageiros, Felmanas enfrentou filas, revistas e interrogatórios que estão sendo feitos às pessoas antes do embarque nas aeronaves. Ao ser questionado por um policial sobre o que levava em sua bagagem, o advogado respondeu, em tom de brincadeira: "Um revólver".
Foi detido na mesma hora. Segundo ainda apurou a Folha, Felmanas chegou a ser algemado e levado para a prisão, de onde só conseguiu sair no domingo, depois de pagar uma fiança de cerca de US$ 1.000.
A família do advogado entrou em contato com amigos dele no Brasil, que imediatamente acionaram Rubens Aprobatto Machado, presidente da OAB.
Aprobatto, por sua vez, telefonou ao cônsul do Brasil, Flávio Perri, e acionou a advogada Isabel Franco, da Comisão Internacional da Ordem dos Advogados do Brasil. Isabel, que vive em Nova York, ajudou Felmanas a contratar um escritório de advocacia americano para cuidar do caso.
A prisão de Felmanas vem sendo mantida em sigilo pelas autoridades e profissionais envolvidos no caso. A intenção era que fosse divulgada depois que ele se apresentasse às autoridades americanas, o que deve acontecer até o final da semana.
A expectativa é a de que Felmanas sofra uma advertência e seja liberado para voltar ao Brasil.
Felmanas não foi localizado pela Folha até o fechamento desta edição. A advogada Isabel Franco diz que está sob sigilo e nada pode declarar.
Aprobatto Machado, da OAB, afirma que Felmanas, que advogou para Ângelo Calmon de Sá e Ricardo Mansur, é um "advogado extraordinário. Conhecendo ele como eu conheço, sei que não há de ser nada grave e em breve o teremos de volta ao Brasil".


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