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Prefeito deixa Chuí
em busca de refúgio
Valdir Friolin/"Agência RBS"
![](../images/e1809052001.jpg) |
O prefeito de Chuí, Mohamad Jomaa (à dir.), do PFL, durante encontro com representantes da comunidade árabe de sua cidade |
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O prefeito de Chuí (RS), Mohamad Jomaa (PFL), decidiu sair da
cidade fronteiriça por alguns dias,
por razões de segurança. Hoje ele
irá para Porto Alegre e, de lá, para
uma localidade que está sendo
mantida sob sigilo.
Apontado em um relatório da
Polícia Federal como suposto
contato do terrorista Osama bin
Laden no Brasil, Jomaa disse que
teme ser preso no Uruguai.
Na última sexta-feira, o jornal
"El País", do Uruguai, informou,
citando "uma fonte de inteligência", que Jomaa seria detido automaticamente se entrasse no país.
O motivo seria a suposta apresentação de documentos falsos
quando o prefeito tirou uma carteira de identidade no Uruguai.
Jomaa não foi informado disso
oficialmente, e a própria polícia
uruguaia não confirma a informação, mas o prefeito não quer
mais cruzar a fronteira. A cidade
de Chuy, no Uruguai, é separada
de Chuí por apenas uma avenida.
"Fui cortar o cabelo e tomar um
café, agora não vou mais até lá.
Não posso mais me expor", disse
o prefeito, que será substituído
pelo vice-prefeito, Hamilton Silvério Lima (PFL).
"Sumirei por uns três dias. Deixo meu filho com meus pais e espero a poeira baixar. Serei localizável para prestar qualquer depoimento, para o Legislativo ou
para a Polícia Federal. É meu interesse falar logo. Não aguento mais
o assédio. Não fiz nada, isso já está
ridículo."
Anteontem, enquanto estava
em um café e cortava o cabelo em
Chuy, um suposto jornalista quis
entrevistá-lo. Como estava armado, a entrevista foi cancelada. Jomaa, então, retornou ao município brasileiro.
Foz do Iguaçu
O deputado estadual Sérgio
Spada (PSDB) disse ontem que
pedirá aos deputados federais de
origem árabe para irem a Foz do
Iguaçu por causa do "clima de
mal-estar contra os árabes".
"A comunidade árabe de Foz
está estabelecida há muito tempo
aqui. Não pode ser comparada
com o movimento Taleban", afirmou o parlamentar.
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