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Comer fora de casa pode ser armadilha
Ambição de qualquer atleta, disputar competição fora do país pode ser uma grande armadilha para o estômago.
"Passei fome na Argentina uma vez. A comida era ruim. Sobrevivi com sucrilhos. Na Noruega, havia língua de boi. Era horrível. Guardava fruta para comer mais tarde", conta Lucila, da seleção de handebol.
O relato da atleta está longe de ser exceção. Nem sempre é possível encontrar comidas parecidas com as do dia a dia. Se ele não está preparado, pode até perder uma competição por causa da má alimentação.
Danielle Zangrando pegou gripe em uma viagem à Bulgária. A judoca foi contaminada pela colega de quarto,
Priscila Marques, que não se adaptou à comida local e acabou doente.
Fabiana Murer, do salto com vara, não gosta de frituras. Mas o maior aperto passou na Argentina, em torneio juvenil.
"A comida era mal preparada Encontraram até uma barata na salada", relembra a atleta.
Hugo Hoyama, para fugir dos temperos fortes, devora sanduíches. "É melhor isso do que nada", afirma o mesa-tenista.
Ronivaldo Conceição, do squash, é um dos poucos atletas acompanhados pela Folha que não relata problemas. "Já fui para Paquistão e Egito em que a comida é meio picante. Mas normalmente ficamos em hotel com comida internacional."
Nutricionistas aconselham os atletas a manterem sempre uma boa alimentação para não saírem do país debilitados. Levar suplementos dentro da bagagem também é uma dica.
"O brasileiro tem hábitos culturais muito fortes e bastante dificuldade em se adaptar às mudanças", diz a nutricionista Mirtes Stancanelli.
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