São Paulo, terça-feira, 19 de junho de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Comer fora de casa pode ser armadilha

Ambição de qualquer atleta, disputar competição fora do país pode ser uma grande armadilha para o estômago.
"Passei fome na Argentina uma vez. A comida era ruim. Sobrevivi com sucrilhos. Na Noruega, havia língua de boi. Era horrível. Guardava fruta para comer mais tarde", conta Lucila, da seleção de handebol.
O relato da atleta está longe de ser exceção. Nem sempre é possível encontrar comidas parecidas com as do dia a dia. Se ele não está preparado, pode até perder uma competição por causa da má alimentação. Danielle Zangrando pegou gripe em uma viagem à Bulgária. A judoca foi contaminada pela colega de quarto,
Priscila Marques, que não se adaptou à comida local e acabou doente. Fabiana Murer, do salto com vara, não gosta de frituras. Mas o maior aperto passou na Argentina, em torneio juvenil.
"A comida era mal preparada Encontraram até uma barata na salada", relembra a atleta.
Hugo Hoyama, para fugir dos temperos fortes, devora sanduíches. "É melhor isso do que nada", afirma o mesa-tenista.
Ronivaldo Conceição, do squash, é um dos poucos atletas acompanhados pela Folha que não relata problemas. "Já fui para Paquistão e Egito em que a comida é meio picante. Mas normalmente ficamos em hotel com comida internacional."
Nutricionistas aconselham os atletas a manterem sempre uma boa alimentação para não saírem do país debilitados. Levar suplementos dentro da bagagem também é uma dica.
"O brasileiro tem hábitos culturais muito fortes e bastante dificuldade em se adaptar às mudanças", diz a nutricionista Mirtes Stancanelli.


Texto Anterior: Menu variado
Próximo Texto: Dieta à brasileira
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.