São Paulo, quinta-feira, 19 de dezembro de 2002

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Plano Nacional de Segurança não não atinge metas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois de dois anos e meio e quase R$ 1 bilhão investidos, o Plano Nacional de Segurança Pública não gerou redução significativa nos índices de criminalidade -dos quais nem sequer houve um acompanhamento confiável.
Com a dispersão de esforços e a falta de controle do uso de verbas, Fernando Henrique Cardoso encerra oito anos de mandato sem cumprir a grande promessa do plano, lançada ainda na campanha de 1994: garantir a segurança pública.
O projeto, uma lista de 124 ações, foi a primeira investida federal na segurança pública, atribuição constitucional dos Estados. Surgiu a partir da repercussão do sequestro do ônibus 174 no Rio, em 2000, e foi relembrado a cada nova crise, como a greve das polícias, a onda de sequestros e a alta do crime organizado.
Apesar do discurso oficial, o plano esteve entre os alvos preferenciais dos cortes de gastos públicos. Além das restrições temporárias, houve redução de 15% nos investimentos entre 2001 e 2002, e o teto de R$ 500 milhões anuais foi esquecido.
Em parte, isso foi consequência da falta de resultados. A prestação de contas divulgada em janeiro deste ano mostrou que os recursos foram usados até para comprar cortadores de grama. Na época, o Ministério da Justiça sustentou que a "carência" era tanta que foi preciso dar um pontapé inicial em novas atividades, como o policiamento comunitário.


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