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Plano Nacional
de Segurança não
não atinge metas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de dois anos e
meio e quase R$ 1 bilhão investidos, o Plano Nacional
de Segurança Pública não
gerou redução significativa
nos índices de criminalidade
-dos quais nem sequer
houve um acompanhamento confiável.
Com a dispersão de esforços e a falta de controle do
uso de verbas, Fernando
Henrique Cardoso encerra
oito anos de mandato sem
cumprir a grande promessa
do plano, lançada ainda na
campanha de 1994: garantir
a segurança pública.
O projeto, uma lista de 124
ações, foi a primeira investida federal na segurança pública, atribuição constitucional dos Estados. Surgiu a
partir da repercussão do sequestro do ônibus 174 no
Rio, em 2000, e foi relembrado a cada nova crise, como a
greve das polícias, a onda de
sequestros e a alta do crime
organizado.
Apesar do discurso oficial,
o plano esteve entre os alvos
preferenciais dos cortes de
gastos públicos. Além das
restrições temporárias, houve redução de 15% nos investimentos entre 2001 e
2002, e o teto de R$ 500 milhões anuais foi esquecido.
Em parte, isso foi consequência da falta de resultados. A prestação de contas
divulgada em janeiro deste
ano mostrou que os recursos
foram usados até para comprar cortadores de grama.
Na época, o Ministério da
Justiça sustentou que a "carência" era tanta que foi preciso dar um pontapé inicial
em novas atividades, como o
policiamento comunitário.
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