São Paulo, Quinta-feira, 20 de Maio de 1999
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Investigação ultrapassa Wall Street

de Washington

A experiência norte-americana mostra que não só corretores e autoridades podem se beneficiar do uso indevido de informações privilegiadas. Dois dos maiores escândalos do gênero nos EUA envolveram um jornalista e um gráfico.
Em 1983, Foster Winans, um dos co-autores da coluna "Heard on the Street", do "Wall Street Journal", aceitou uma proposta do corretor Peter Brant, da empresa Kidder Peabody.
Por dinheiro, Winans contava para Brant até três dias antes o conteúdo das colunas que ajudava a escrever e que influenciavam o mercado.
A ligação entre os dois durou cerca de um ano, período durante o qual o jornalista ganhou US$ 30 mil, um valor pequeno se comparado com os lucros de Brant (mais de US$ 1 milhão), mas consideráveis comparados com o salário de Winans, de US$ 575 semanais.
Uma investigação da SEC (Securities Exchange Commission), órgão fiscalizador do mercado, revelou o caso. Os dois foram condenados à prisão e a multas.
O outro caso famoso consta dos livros de jurisprudência e envolve a gráfica Pandick Press, em Nova York. Entre 1975 e 1976, o gráfico L. Chiarella foi encarregado de gerenciar a impressão de papéis de cinco fusões de empresas.
Ele não apenas imprimiu os documentos como também comprou ações das empresas envolvidas. A SEC percebeu a movimentação e chegou ao nome do gráfico, que havia lucrado US$ 20 mil e devolveu o dinheiro. (MA)



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