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Investigação ultrapassa Wall Street
de Washington
A experiência norte-americana mostra que não só
corretores e autoridades
podem se beneficiar do uso
indevido de informações
privilegiadas. Dois dos
maiores escândalos do gênero nos EUA envolveram
um jornalista e um gráfico.
Em 1983, Foster Winans,
um dos co-autores da coluna "Heard on the Street",
do "Wall Street Journal",
aceitou uma proposta do
corretor Peter Brant, da empresa Kidder Peabody.
Por dinheiro, Winans
contava para Brant até três
dias antes o conteúdo das
colunas que ajudava a escrever e que influenciavam
o mercado.
A ligação entre os dois durou cerca de um ano, período durante o qual o jornalista ganhou US$ 30 mil, um
valor pequeno se comparado com os lucros de Brant
(mais de US$ 1 milhão),
mas consideráveis comparados com o salário de Winans, de US$ 575 semanais.
Uma investigação da SEC
(Securities Exchange Commission), órgão fiscalizador
do mercado, revelou o caso.
Os dois foram condenados
à prisão e a multas.
O outro caso famoso
consta dos livros de jurisprudência e envolve a gráfica Pandick Press, em Nova
York. Entre 1975 e 1976, o
gráfico L. Chiarella foi encarregado de gerenciar a
impressão de papéis de cinco fusões de empresas.
Ele não apenas imprimiu
os documentos como também comprou ações das
empresas envolvidas. A
SEC percebeu a movimentação e chegou ao nome do
gráfico, que havia lucrado
US$ 20 mil e devolveu o dinheiro.
(MA)
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