DA REDAÇÃO

Os Estados Unidos devem divulgar em breve provas da ligação entre o líder terrorista Osama bin Laden e os ataques do dia 11 de setembro ao World Trade Center e ao Pentágono, disse ontem o secretário de Estado norte-americano, Colin Powell.
O secretário também previu que o governo do Paquistão, um aliado-chave na campanha dos EUA contra Bin Laden, sobreviverá aos desafios internos impostos por militantes islâmicos.
Respondendo a alegações do Taleban de que Bin Laden estaria desaparecido, Powell disse que os EUA não terão vencido até capturar cada um dos milhares de membros de seu grupo.
A tarefa de Powell na campanha é mobilizar apoio internacional aos Estados Unidos e convencer países islâmicos de que os muçulmanos não são o alvo das represálias norte-americanas.
Os governos da maioria dos países muçulmanos disseram -e os de países europeus insinuaram- que se opõem ao terrorismo, mas que querem ver as provas de que Bin Laden está por trás dos ataques aos Estados Unidos.
"Estamos trabalhando duro para reunir todas as informações provenientes da polícia e dos sistemas de inteligência", disse Powell, em entrevista à rede NBC. "Acho que, em um futuro próximo, seremos capazes de elaborar um documento que descreverá de forma bastante clara as provas que temos da ligação [de Bin Laden" a esses ataques".
Outros funcionários do governo norte-americano têm sido evasivos quando questionados se os Estados Unidos vão divulgar provas detalhadas contra Bin Laden.
A assessora para assuntos de segurança nacional, Condoleezza Rice, respondeu à pergunta em entrevista à rede Fox: "Os Estados Unidos não farão nada que prejudique a investigação que está sendo realizada aqui. Estamos coletando dados da polícia e dos serviços de investigação e inteligência de muitos países, então temos de ser cuidadosos no uso dessas informações".