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EUA confirmam queda de avião-espião
RICARDO BONALUME NETO
DA REPORTAGEM LOCAL
Os EUA confirmaram ontem a
perda de um avião-espião no Afeganistão, no sábado passado, sem
entrar em detalhes sobre quem o
operava, qual o modelo ou como
foi perdido. Tudo indica ser um
pequeno avião não tripulado.
Segundo a agência de notícias
russa "Itar-Tass", o Taleban teria
abatido ontem outro avião de nacionalidade desconhecida que sobrevoava o território do Afeganistão. Os EUA disseram não ter informações sobre a queda.
Em relação ao avião-espião,
derrubado no norte do país, possivelmente estaria sendo empregado pela CIA.
Dadas as suas características
-como a velocidade baixa e a
operação em baixa altitude-,
mesmo forças pouco sofisticadas
como as do Taleban poderiam
derrubar essas máquinas.
Esses veículos são como aeromodelos sofisticados. Eles têm o
vôo programado antes do lançamento e utilizam para navegação
o sistema de posicionamento por
satélite GPS. A sua versão militar
permite uma precisão ainda
maior.
O Predator, versão mais moderna desse tipo de aparelho, tem
8,13 metros de comprimento e envergadura de 14,85 metros. Seu
peso vazio é de 350 kg. Pode levar
295 kg de combustível e 210 kg de
equipamentos.
Os sensores geralmente usados
são uma combinação de câmera
de TV com detector de radiação
infravermelha (calor), além de
um radar de abertura sintética
(no qual o próprio movimento da
aeronave cria uma "antena sintética" mais precisa). Isso permite
que o avião-espião "enxergue"
também à noite.
Essas aeronaves podem ter alcance razoavelmente longo -um
raio de ação máximo de até 2.800
km, no caso do modelo Gnat. Mas
o ideal é que sejam operados de
bases próximas, prolongando o
tempo sobre o alvo. O Gnat pode
operar por 48 horas.
Com velocidade máxima de 295
km/h (Gnat) ou 222 km/h (Predator), e altitude operacional máxima de 7,5 km (na prática bem menos que isso, para poder captar
melhor detalhes), esses aviões são
extremamente vulneráveis.
Com agências internacionais
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