São Paulo, segunda-feira, 24 de setembro de 2001

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EUA confirmam queda de avião-espião

RICARDO BONALUME NETO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os EUA confirmaram ontem a perda de um avião-espião no Afeganistão, no sábado passado, sem entrar em detalhes sobre quem o operava, qual o modelo ou como foi perdido. Tudo indica ser um pequeno avião não tripulado.
Segundo a agência de notícias russa "Itar-Tass", o Taleban teria abatido ontem outro avião de nacionalidade desconhecida que sobrevoava o território do Afeganistão. Os EUA disseram não ter informações sobre a queda.
Em relação ao avião-espião, derrubado no norte do país, possivelmente estaria sendo empregado pela CIA.
Dadas as suas características -como a velocidade baixa e a operação em baixa altitude-, mesmo forças pouco sofisticadas como as do Taleban poderiam derrubar essas máquinas.
Esses veículos são como aeromodelos sofisticados. Eles têm o vôo programado antes do lançamento e utilizam para navegação o sistema de posicionamento por satélite GPS. A sua versão militar permite uma precisão ainda maior.
O Predator, versão mais moderna desse tipo de aparelho, tem 8,13 metros de comprimento e envergadura de 14,85 metros. Seu peso vazio é de 350 kg. Pode levar 295 kg de combustível e 210 kg de equipamentos.
Os sensores geralmente usados são uma combinação de câmera de TV com detector de radiação infravermelha (calor), além de um radar de abertura sintética (no qual o próprio movimento da aeronave cria uma "antena sintética" mais precisa). Isso permite que o avião-espião "enxergue" também à noite.
Essas aeronaves podem ter alcance razoavelmente longo -um raio de ação máximo de até 2.800 km, no caso do modelo Gnat. Mas o ideal é que sejam operados de bases próximas, prolongando o tempo sobre o alvo. O Gnat pode operar por 48 horas.
Com velocidade máxima de 295 km/h (Gnat) ou 222 km/h (Predator), e altitude operacional máxima de 7,5 km (na prática bem menos que isso, para poder captar melhor detalhes), esses aviões são extremamente vulneráveis.


Com agências internacionais


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