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Mentor nega pacto entre Marta e Maluf
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O relator da CPI Mista do Banestado, deputado federal José
Mentor (PT-SP), negou que haja
um acordo de não-agressão entre
os candidatos Paulo Maluf (PP) e
Marta Suplicy (PT) à Prefeitura de
São Paulo. Ele negou que haja relação entre esse pacto e a não-convocação do ex-prefeito paulistano para depor na comissão.
Conforme a Folha noticiou,
Maluf e o PT fizeram um acerto
pelo qual o candidato do PP concentraria seus ataques no candidato tucano à prefeitura, José Serra. Foi o que Maluf fez durante todo o seu programa no horário
eleitoral gratuito de anteontem.
A contrapartida desse trato, por
parte do PT, é proteger Maluf,
dentro dos limites legais, na CPI
(Comissão Parlamentar de Inquérito) do Banestado. As duas
partes negam a existência do
acordo.
Existe na CPI um requerimento
para convocar Maluf para depor a
respeito de suposto envio ilegal de
dinheiro para o exterior, mas José
Mentor impediu a votação desse
pedido. Documentos da Suíça
creditam à família Maluf movimentação de pelo menos US$ 200
milhões. "Eu não tenho motivo
para convocá-lo", declarou ontem o relator da CPI.
"Por que eu iria convidá-lo a depor? Onde estão os indícios [de
evasão de divisas]? Na CPI não há.
Eu convoco as pessoas quando há
indícios ou provas. Os documentos que vieram da Suíça não chegaram à CPI ainda. A imprensa e
o Ministério Público fizeram o papel deles, mas eu não posso interrogá-lo com a página da Folha de
S.Paulo", disse o relator, para
quem relacionar a campanha
paulista à CPI é um "absurdo".
Segundo o relator, os documentos foram pedidos ao Ministério
Público em 31 de março e até agora não foram recebidos. "O Ministério da Justiça enviou uma carta
dizendo que não podia remeter
[os documentos] e o Ministério
Público não respondeu, que eu tenha conhecimento", disse ele.
Para Mentor, a estratégia de
Maluf de atacar Serra deve-se ao
fato do candidato do PP ter perdido votos para o tucano.
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