São Paulo, sábado, 25 de julho de 1998

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PM à paisana quer identificar violência

da Sucursal do Rio

Dezessete policiais militares à paisana filmarão os protestos contra o leilão das teles infiltrados entre jornalistas e manifestantes.
A participação dos agentes secretos da PM faz parte do megaesquema de repressão aos manifestantes organizado pela Secretaria de Segurança Pública do Rio.
Ao todo, 400 PMs estarão sem farda circulando em meio às 10 mil pessoas (avaliação da PM) que deverão fazer protestos. As filmagens ajudarão a identificar quem agredir PMs e participantes.
A Polícia Civil também filmará a manifestação. Os encarregados das filmagens são agentes da Cinap (Coordenadoria de Inteligência e Apoio Policial), informou ontem o chefe do Serviço de Inteligência do órgão, Hélio Cordeiro.
Para o coronel Jorge Lindolfo, comandante de Policiamento da Capital da PM e autor da estratégia, é indispensável a presença dos policiais sem farda na repressão.
"A realidade já provou que temos que ter gente descaracterizada, até mesmo junto da imprensa, filmando", afirmou Lindolfo.
Será o maior esquema já montado para um leilão estatal realizado na Bolsa de Valores do Rio.
Haverá 3.000 policiais militares espalhados pela região da Bolsa (na praça 15, no centro), apoiados por cavalaria, cães e pelo menos um carro blindado, se for preciso jogar jatos de água na multidão.
Ficarão de prontidão 3.400 PMs, que serão acionados caso o total de manifestantes passe dos 10 mil. Desde hoje, 150 homens já estarão policiando a região da Bolsa. O esquema começa às 5h de quarta.



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